O ex-presidente Jair Bolsonaro volta a ser julgado, no final da tarde desta terça-feira (27), e poderá ficar inelegível por oito anos. Embora não se saiba ainda como os magistrados votarão, sabe-se a ordem de nomes que votará. Confira:
-Primeiro, o corregedor-geral da Justiça Eleitoral, ministro Benedito Gonçalves, relator da ação contra Bolsonaro, deverá votar a favor ou contra o ex-presidente Bolsonaro;
-Em seguida, votam os ministros Raul Araújo, Floriano de Azevedo Marques, André Ramos Tavares;
-Finalmente, a vice-presidente do TSE, a ministra Cármen Lúcia, o ministro Nunes Marques e, por último, o presidente da Corte, ministro Alexandre de Moraes, farão as suas impressões.
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Bolsonaro é acusado de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação por causa de uma reunião com embaixadores de todo o mundo, no ano passado, que foi transmitida pela TV Brasil. Na ocasião, o ex-presidente duvidava da confiabilidade das eleições brasileiras, dizendo que as urnas eletrônicas não são seguras. A segunda sessão do julgamento deve começar por volta das 19h. Caso as votações se prolonguem, uma terceira sessão está marcada para a próxima quinta-feira (29) e com possibilidade de novo prazo.
Na última quinta-feira (20), houve a leitura do relatório pelo corredor-geral e os advogados de acusação e defesa do ex-presidente fizeram as suas falas. Por último, o vice-procurador-geral Eleitoral, Paulo Gonet Branco, em nome do MP (Ministério Público), discursou pela inelegibilidade do ex-presidente.
QUAIS PRESIDENTES JÁ FICARAM INELEGÍVEIS?
Na história da República do Brasil, três presidentes já ficaram inelegíveis. Confira:
-Fernando Collor de Mello (PRN): em 1992, o ex-presidente Collor foi acusado de corrupção, que levou à renúncia e inelegibilidade.
-Luiz Inácio Lula da Silva (PT): em 2018, Lula foi condenado por corrupção e não pôde concorrer às Eleições Presidenciais daquele ano.
-Michel Temer (MDB): também no ano de 2018, Temer foi denunciado pelo MP (Ministério Público) por corrupção e lavagem de dinheiro. A denúncia o deixou inelegível por oito anos para qualquer cargo eletivo.
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