12 de dezembro de 2024
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Capitólio fica debaixo d água após represa transbordar

Prefeitura diz que problema é recorrente e responsabilidade é de Furnas; causa é assoreamento no rio Piumhi

Em Capitólio, no Sul de Minas, a orla e uma das entradas da cidade ficaram completamente alagadas após o volume de água das intensas chuvas transbordar por uma represa do rio Piumhi. A situação de emergência do município foi decretada na terça-feira (10) pelo governo do Estado.

De acordo com o prefeito de Capitólio, Cristiano Geraldo (PP), a inundação é recorrente no período de chuvas devido ao assoreamento de um canal do rio. O assoreamento é o acúmulo de terra, material orgânico, sujeira e lixo no fundo de um rio.

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“Quando a hidrelétrica de Furnas foi construída, uma barragem e um canal também precisaram ser feitos para que o rio Piumhi deságue no rio São Francisco. A transposição aconteceu na década de 1960 e, de lá pra cá, o canal foi limpo apenas em 1988. Depois disso não houve mais limpeza. O canal está assoreado e a represa do rio Piumhi acaba transbordando na entrada que é o ponto mais baixo da cidade”, comenta o gestor.

Em nota, a Prefeitura de Capitólio diz que a responsabilidade da limpeza é da companhia Furnas Centrais Elétricas e que a questão está na justiça desde 2008.

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“O município de Capitólio ajuizou ação com pedido de antecipação de tutela em face de Furnas Centrais Elétricas S/A, a fim de que a requerida realizasse a limpeza e manutenção do canal, o qual por falta de manutenção e ocorrência de assoreamento vem provocando uma diminuição da vazão da água e consequentemente, aumento do nível do represamento da água do lago artificial de Capitólio, causando inundações na cidade em períodos de chuvas, diz a nota oficial.

Segundo o prefeito, a ação avançou em 2022. “No ano passado saiu a liminar e nessa semana contatamos Furnas que informou já estar com a empresa contratada para fazer a limpeza do canal. Não tivemos famílias afetadas, pois não houve alagamento de enchentes”.

ATENÇÃO AOS MORADORES

A Prefeitura de Capitólio informou que a Secretaria de Obras está em contato com a Sedese (Secretaria de Desenvolvimento Social e Estadual de Minas Gerais) para atender à população afetada.

“Estamos em reunião com a Sedese para amparar casas que estão alagadas. As famílias serão abrigadas na escola municipal Elias Teodoro. Ainda não temos o levantamento de quantas famílias são”, diz a secretária Letícia Soares.

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Ainda, segundo Letícia, a entrada principal está liberada somente para carros altos, caminhões e ônibus. As opções para demais veículos e pedestres são através dos bairros Dique e Socorro. Já a entrada pelo Aterro está interditada.

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