A tão aguardada Black Friday acontece nesta sexta-feira (25) e o Tudo EP preparou uma série de dicas para você se prevenir e tirar o melhor proveito da data voltada ao consumo com descontos especiais.
Originado nos Estados Unidos, o evento que ocorre sempre na última sexta-feira do mês de novembro, foi “importado” pelo comércio varejista do Brasil em 2010 e caiu no gosto do consumidor brasileiro.
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Porém, segundo a advogada especialista em direito do consumidor, Hilda Rocha, ainda é necessário que os compradores estejam de olhos muito atentos à data e, sabendo pesquisar, é possível aproveitar a Black Friday e evitar dores de cabeça.
“Já são 12 anos de Black Friday brasileira e, com o passar do tempo, o consumidor começou a ficar mais atento. De qualquer maneira, para quem deseja fazer boas compras, é fundamental pesquisar para não cair em armadilhas“, diz.
Para se ter ideia, de acordo com o site Reclame Aqui, em 2021, as principais queixas relacionadas à Black Friday foram: atraso na entrega (20,88%), propaganda enganosa (16,59%), estorno do valor pago (8,82%), produto errado (6,15%) e problemas na finalização da compra (5,99%).
DICAS
Para a advogada, antes de mais nada é preciso se perguntar com toda a honestidade: “Eu realmente preciso disso ou quero isso?”. O questionamento é válido visto que, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o número de famílias endividadas atingiu 79,3% do total de lares no país em setembro.
“O controle emocional é importante, pois a impulsividade muitas vezes é a mãe do arrependimento. Se o consumidor estiver consciente do que deseja, provavelmente não vai sair clicando em qualquer oferta que aparecer”, orienta.
Confira as dicas da especialista para uma compra com mais segurança:
1. Muito cuidado com postagens patrocinadas nas redes sociais, pois uma prática comum que se intensifica nesta época do ano é a criação de sites falsos oferecendo, em regra, um único produto, com preço excessivamente inferior ao de mercado. Lembre-se: não é porque existe um site que o mesmo é confiável. As fraudes desse tipo visam desde a venda e não entrega do produto, até “roubo” de dados do consumidor, suficientes para a realização de fraudes bancárias, por exemplo.
2. Sempre se informe sobre a reputação da empresa antes de qualquer compra e não se sinta pressionado por informações de que o produto é o “último do estoque”. Os sites de e-commerce reais mantêm o produto no carrinho por pelo menos 15 minutos, enquanto a sessão fica ativa. Dessa forma, há tempo suficiente para a pesquisa. Entre os sites recomendados para pesquisa estão:
Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor)
Consumidor.gov.br (plataforma do governo federal)
Procon SP (Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor)
Reclame Aqui
3. Uma vez efetivada a compra, um problema comum durante a Black Friday é o cancelamento da operação por falta de estoque em razão do volume de vendas. Esse cancelamento, sem concordância do consumidor, no entanto, contraria o artigo 35 do CDC (Código de Defesa do Consumidor), que prevê que a escolha entre exigir a entrega do produto, cancelar a compra ou aceitar outro produto equivalente é do consumidor e não da empresa. Essa informação é preciosa especialmente durante a Black Friday, considerando que o objetivo principal é comprar produtos com descontos exclusivos para a data.
4. Por fim, uma prática que infelizmente ainda é muito comum é a famosa frase “tudo pela metade do dobro”. Isso é considerado abusivo e tem sido combatido com rigor pelos órgãos de proteção ao consumidor, assim como pelo judiciário. Para ter certeza que está fazendo realmente um bom negócio, o consumidor pode fazer uma pesquisa de histórico de preços dos produtos em sites como Baixou, BondFaro, Buscapé, Google, JáCotei e Zoom.
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