31 de outubro de 2024
- Publicidade -
Tudo Notícias

EUA enviam armas para Israel e Irã faz ameaças após escalada da guerra

Governo americano afirmou que está preocupado com um possível envolvimento direto de Teerã, que apoia o Hamas e o Hezbollah

Neste domingo (15), ameaças do Irã e um novo e intenso fogo cruzado entre o exército israelence e o Hezbollah aumentam o temor de uma possível escalada regional da guerra entre Israel e o Hamas. O governo dos Estados Unidos afirmou que está preocupado com um possível envolvimento direto de Teerã, que apoia o Hamas e o Hezbollah, e enviou um segundo porta-aviões e mais armas para Israel.

O domingo foi o dia de maior violência entre Israel e o Hezbollah. Um ataque do grupo libanês matou uma pessoa na cidade israelence de Shtula. Além disso, mísseis anti-tanque e foguetes foram lançados ao longo de todo o dia e, no começo da noite, caças de Israel bombardearam posições do grupo no sul libanês, enquanto soldados de ambos os lados trocaram fogo.

O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, afirmou em um vídeo que seu país não tem interesse em um novo conflito com o Hezbollah, mas que o grupo precisava estar atento às consequências.

O principal patrocinador do Hezbollah e um dos maiores aliados do Hamas na região, o Irã fez ameaças. “Se a agressão sionista não parar, as mãos de todos os envolvidos estão no gatilho”, afirmou o chanceler do Irã, Hossein Amirabdollahian, segundo a imprensa estatal iraniana, em referência à retaliação do Estado judeu contra Gaza, dominada pelo Hamas desde 2007. 

 

LEIA TAMBÉM 

Criança ateia fogo em sofá e avós pulam do 4º andar em Pato de Minas 

- Publicidade -

Quinto voo de repatriação chega trazendo 215 brasileiros de Israel

Depois, à rede de televisão Al-Jazeera, o chanceler iraniano disse que seu país não pode ser só um observador. “Se o escopo da guerra se expandir, danos significativos serão infligidos aos EUA”, disse.

A escalada deste domingo vem um dia após o chanceler iraniano encontrar-se com o líder político do Hamas, Ismail Haniye, no Catar. Ele também se reuniu com representantes do Hezbollah e da Jihad Islâmica, outro grupo anti-Israel que compõe, com a Síria, os aliados que Teerã chama de Eixo da Resistência.

Em resposta, o conselheiro de Segurança Nacional Jake Sullivan afirmou que os EUA procuraram o Irã por canais informais para alertar o país de que não deveria haver envolvimento na crise de Israel.

- Publicidade -

Para responder a esta ameaça, o Pentágono está dobrando o poder de fogo americano no Oriente Médio, em um esforço para impedir uma guerra regional mais ampla.

O secretário de Defesa dos EUA, Lloyd J. Austin, disse no sábado que havia deslocado um segundo porta-aviões para o Mediterrâneo oriental “para impedir ações hostis contra Israel ou quaisquer esforços para ampliar essa guerra” após o ataque terrorista do Hamas a Israel no dia 7. Espera-se que o segundo porta-aviões, o Dwight Eisenhower, chegue nos próximos dias. A Força Aérea também está enviando aviões de ataque terrestres adicionais para a região do Golfo Pérsico.

O Pentágono também mandou uma pequena equipe de forças de Operações Especiais a Israel para auxiliar na inteligência e no planejamento de operações para ajudar a localizar e resgatar os reféns que o Hamas mantém em seu poder, incluindo alguns americanos.

CORREDOR

Sob a expectativa de uma invasão israelense, os moradores de Gaza estão à espera da definição de um corredor humanitário. A agência da ONU dedicada aos palestinos afirma que já não tem capacidade para prestar assistência. O número de mortos ultrapassou neste domingo o da terceira guerra entre Israel e Hamas, em 2014, quando 2.251 palestinos foram mortos. O Ministério da Saúde de Gaza afirmou que 2.329 palestinos foram mortos desde o início dos combates nesta que tornou-se a mais mortífera das cinco guerras em Gaza.

As Forças de Defesa de Israel (IDF) divulgaram neste domingo uma ligação telefônica em que um morador de Gaza confirmaria suspeitas de que o Hamas impede a saída da população na região norte, que recebeu um ultimato para ocupar o sul do território. No sábado, o governo israelense divulgou fotos do que seria um bloqueio do Hamas de uma estrada usada pelos palestinos.

Os moradores tentam chegar ao sul após o ultimato de Israel para deixar o norte, onde pretende iniciar sua investida terrestre. Estrangeiros aguardavam a liberação da fronteira em Rafah, com Egito, para deixar o enclave, entre eles brasileiros. Em nota, o Itamaraty informou no domingo que uma equipe está de prontidão no Egito para repatriar o grupo de cerca de 30 brasileiros que aguardam em Rafah.

CISJORDÂNIA

Enquanto as atenções se concentram em Gaza e no norte, as tensões aumentaram na Cisjordânia ocupada, onde 55 palestinos foram mortos em confrontos com tropas israelenses desde o ataque do Hamas, segundo a ONU.

Os militares afirmam ter detido 330 pessoas na Cisjordânia, incluindo 190 agentes do Hamas, desde o dia 7. O Hamas está presente na Cisjordânia, mas opera em grande parte na clandestinidade devido ao forte controle de Israel sobre o território.

Filha de brasileiros está entre os reféns, segundo Israel.

O Exército de Israel afirmou neste domingo que 155 pessoas são mantidas como reféns pelo Hamas na Faixa de Gaza desde o ataque do dia 7. As famílias foram notificadas. Entre os reféns está a jovem Tchelet Fishbein Za’arur (ou Celeste como a família a chama em português), de 18 anos, filha e neta de brasileiros.

“Estamos realizando esforços colossais para a libertação dos reféns”, disse Daniel Hagari, um porta-voz militar. A imprensa israelense afirmou que as Forças de Defesa de Israel recuperaram os cadáveres de alguns reféns sem informar quantos. De acordo com o Hamas, 22 reféns morreram em consequência dos bombardeios de Israel.

Segundo a família de Celeste, que não tem cidadania brasileira e trabalha como babá em Israel, ela e o namorado se refugiaram em um bunker e não foram mais vistos. Um parente da jovem foi morto em um atentado terrorista em 2001, em Jerusalém. 

*Com informações da Agência Estado  

 

LEIA MAIS 

Brasileiros deixam Gaza e vão para Rafah, na fronteira com o Egito

Compartilhe:
Larissa de Morais
Formada pela Universidade São Francisco, é repórter no Tudo EP | ACidade ON, site de entretenimento da EPTV, onde também foi assistente de mídias digitais e estagiária de jornalismo. Com passagem por sites de entretenimento e jornalismo independente, tem experiência em redação de material jornalístico para editorias de diferentes segmentos de hard e soft news e em produção de conteúdo para a internet.
- Publicidade -
plugins premium WordPress