20 de maio de 2024
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Farmacêutica de Pouso Alegre realiza pesquisas no espaço

Cimed X, que conta com USP e Ministério da Ciência, vai investir R$ 300 mi em estudos na Estação Espacial Internacional

Uma indústria farmacêutica com planta fabril em Pouso Alegre, no Sul de Minas, está desenvolvendo junto à USP e ao Ministério da Ciência, um projeto que visa a testagem de microorganismos na Estação Espacial Internacional (ISS). O programa Cimed X teve início ao final de 2021 e, nesta nova etapa, pretende entender mais sobre longevidade através do comportamento de leveduras sob gravidade reduzida e radiação cósmica.

Segundo João Adibe, CEO da Cimed, o projeto busca aliar a farmacêutica a alguns dos mais importantes cientistas e centros de excelência técnica do mundo para o desenvolvimento de produtos farmacêuticos altamente tecnológicos a preços acessíveis.

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Em dezembro de 2021, a farmacêutica deu início ao projeto Cimed X. Na primeira fase, a companhia fez parceria com a empresa de logística Airvantis e o Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), organização supervisionada pelo Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), para viabilizar o experimento de cristalização da proteína do vírus Sars-Cov-2, causador da Covid-19, no espaço.

A companhia informou que o projeto Cimed X prevê investimentos de R$ 300 milhões durante cinco anos para pesquisa e desenvolvimento de novos produtos através de estudos no espaço.

LEVEDURAS NO ESPAÇO

Nesta fase, o estudo busca informações e dados científicos testando como as leveduras absorvem vitaminas e minerais de um complexo multivitamínico da companhia sob condições extremas no espaço. O objetivo final do estudo é compreender melhor a longevidade.

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Já as leveduras, que são microorganismos, foram escolhidas por serem utilizadas na indústria farmacêutica como modelo, pois compartilham certos genes com os humanos.

De acordo com a empresa, o ambiente espacial funciona como um agente acelerador do processo de absorção. Isso vai possibilitar a compreensão de como a levedura se comporta sob condições estressantes como a radiação cósmica e a força gravitacional reduzida.

Os pesquisadores vão observar o envio das leveduras ao espaço, quando a baixa gravidade fará com que os microorganismos enfrentem uma condição a qual não estão acostumados, gerando alterações em nível molecular nas células.

O multivitamínico da farmacêutica, rico em antioxidantes e vitaminas responsáveis por combater os efeitos do envelhecimento, entra como variável no teste. A expectativa é que os cientistas possam compreender melhor o mecanismo dos antioxidantes e vitaminas e seu real impacto na longevidade.

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O envio do material ao espaço será feito em um tubo flexível chamado mix stix. Dentro dele, as leveduras serão enviadas ao espaço em compartimentos separados sendo um deles com solução contendo o complexo vitamínico e outro sem. Durante um mês na Estação Espacial Internacional, os pesquisadores vão monitorar as curvas de crescimento da levedura em ambas as condições.

O experimento será realizado ao mesmo tempo aqui na Terra para comparar os resultados. O estudo foi desenvolvido em parceria com os pesquisadores do Núcleo de Pesquisa em Astrobiologia da USP (Universidade de São Paulo).

CIMED

A Cimed tem 45 anos de história e é a 3ª maior indústria farmacêutica do país em volume de vendas. Com sede administrativa em São Paulo (SP), a empresa tem mais de 5 mil colaboradores em todo o país. Seu complexo fabril está localizado em Pouso Alegre, no Sul de Minas. Também na região sul mineira, o município de Sebastião da Bela Vista abriga o centro de distribuição central e a gráfica da companhia.

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