Em Itajubá, no Sul de Minas, uma operação da Vigilância Sanitária Municipal apreendeu cerca de 160 kg de carnes vencidas e sem identificação na etiqueta em um supermercado na quinta-feira (20). A apreensão foi realizada após denúncia recebida pela Guarda Civil Municipal.
Segundo a Vigilância Sanitária, durante a fiscalização no estabelecimento que fica no Bairro Boa Vista, as carnes estavam fora da embalagem original e expostas no balcão refrigerado sem identificação de validade na etiqueta. A Vigilância informou que este tipo de produto, após aberto, deve ser refrigerado com identificação de prazo de validade emitido pelo distribuidor.
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O órgão fiscalizador disse, também, que todo o material que estava irregular foi apreendido, somando cerca de 160 kg de proteína. A carne foi levada para descarte e incineração no aterro sanitário municipal. Segundo a Vigilância Sanitária, essa não é a primeira vez que ocorre esse tipo de apreensão no estabelecimento comercial.
MANTEIGA COM COLIFORMES FECAIS
Também na quinta-feira (20), a Polícia Federal cumpriu mandados de prisão temporária contra dois empresários, suspeitos de fabricar e comercializar manteiga adulterada, após ameaça contra um fiscal do Ministério da Agricultura. Ainda, foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão nas cidades de Pouso Alto e Itamonte, no Sul de Minas, e Itapecerica da Serra (SP).
A Operação Alcanos foi realizada em conjunto com o Ministério Público Federal (MPF) e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Segundo as investigações, para obter lucro ilícito, os empresários substituíam o creme de leite por gordura vegetal na fabricação do produto. A troca de ingredientes transforma a manteiga em margarina.
Ainda, a Polícia Federal informou que foi constatada “adulteração com o uso de gordura vegetal; ácido sórbico/sorbato e a presença de coliformes totais e fecais“.
Em um armazém do laticínio, foram apreendidas 45 toneladas de manteiga adulterada. Os fiscais também encontraram 30 toneladas de margarina e uma tonelada de óleo vegetal, matéria-prima que teria sido usada na adulteração da manteiga.
Informações revelam que os empresários investiram cerca de R$ 2,4 milhões em produtos específicos para fazer a adulteração da manteiga, ou seja, transformá-la em margarina. De acordo com a Polícia Federal, o valor é equivalente a 9.625 caixas de gordura vegetal. A investigação aponta que os empresários tenham lucrado mais de R$ 12 milhões com o esquema fraudulento.
Segundo as informações da unidade do Ministério da Agricultura, em Varginha, no Sul de Minas, as suspeitas das possíveis irregularidades começaram em 2019, assim que o laticínio conseguiu o registro de funcionamento.
Se acusados pela Justiça, os suspeitos vão responder pelos crimes de corrupção, adulteração ou alteração de substância ou produtos alimentícios; invólucro ou recipiente com falsa indicação, falsificação de selo ou sinal público, além de ameaça no curso do processo.
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