O Programa de Apadrinhamento Afetivo, da Prefeitura Municipal de Santa do Sapucaí, está com inscrições abertas até o fim do mês de julho. O objetivo é oferecer às crianças e adolescentes institucionalizados na Casa da Criança, a oportunidade de convivência familiar e comunitária.
A ideia do projeto é resgatar esse direito de convivência, por meio de visitas realizadas regularmente ao afilhado ou afilhada, oferecendo amor e carinho.
O programa já existe na instituição há algum tempo, entretanto, a equipe tem buscado sua reformulação atendendo às orientações técnicas para os serviços de acolhimento e ampliando o número de pessoas interessadas, visto que ainda existem acolhidos sem o apadrinhamento.
A criança ou adolescente deverá ser apadrinhada preferencialmente por casal.
O PROGRAMA DE APADRINHAMENTO AFETIVO
A psicóloga da Casa da Criança, Thaís de Cássia Cintra de Faria, explica que que o Programa de Apadrinhamento Afetivo é previsto pelo Plano Nacional de Convivência Familiar e Comunitária (PNCFC), que traz orientações sobre a reinserção das crianças e adolescentes que estão institucionalizados, em suas famílias de origem, na família extensa, que são os parentes próximos ou na substituta/adotiva.
Quando são esgotadas essas tentativas, surge o apadrinhamento afetivo, que tem o objetivo de garantir que essas crianças e adolescentes não sejam privados da convivência familiar e que tenham a garantia dos vínculos comunitários.
Estão aptos ao apadrinhamento as crianças e adolescentes com poucas chances de voltarem para suas famílias biológicas ou com poucas chances de adoção.
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COMO SÃO FEITAS AS INSCRIÇÕES
O programa de apadrinhamento é dividido em etapas, a começar pela divulgação. Também são observados alguns critérios, tais como: ter mais de 18 anos, residir em Santa Rita do Sapucaí, ter disponibilidade de tempo e afeto, disponibilidade para participar de encontros formativos e atendimentos, envolvimento a médio ou longo prazo e não ter a adoção como objetivo, já que são coisas diferentes.
Os interessados têm até o final do mês de julho para entregar a documentação na Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, na Rua Juca Castelo, 91, Centro, em Santa Rita do Sapucaí, sendo necessário apresentar RG, CPF, uma foto 3×4, comprovante de residência, comprovante de renda e certidão negativa cível e criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG);
Após isso, acontecerá encontro formativo para esclarecimento de dúvidas e explanação sobre os objetivos do apadrinhamento e explanação sobre as próximas etapas; entrevista individual; pareamento, que é o momento de encontro com as crianças/adolescentes para que, possivelmente, se incluam por afinidade e perfil; até chegar ao apadrinhamento.
Os acolhidos aptos também passam por encontros de preparação e acompanhamento, para que seja benéfico para ambas as partes; e para que fique claro que o apadrinhamento não é uma preparação para a adoção.
DE QUE MANEIRA OS PADRINHOS PODEM SER PRESENTES
Thais fala sobre as possibilidades de atividades que o padrinho tem permissão para realizar ou participar. “Como a finalidade do apadrinhamento é a convivência familiar, os casais ou pessoas que participarem devem ser presentes na vida do acolhido, ou seja, podem levar para passar finais de semana em suas casas, realizar viagens com autorização judicial, participar de reuniões escolares e apresentações quando possível, acompanhar consultas e atendimentos psicológicos, se assim puderem fazer, realizar contatos presenciais durante o mês e na impossibilidade de fazê-lo com maior frequência manter contatos via telefone ou chamada de vídeo, por exemplo”, destaca.
Os padrinhos também podem presentear seus afilhados em datas especiais, porém, observando o que é estipulado pela equipe da instituição e conforme o plano de ação estabelecido.
POR QUANTO TEMPO É POSSÍVEL APADRINHAR
A psicóloga destaca que o apadrinhamento pode se estender durante meses ou anos, “inclusive, e principalmente, em momentos mais significativos da vida, como na própria saída do serviço de acolhimento em razão da idade, por exemplo, podendo continuar para além do período de institucionalização, o que seria o ideal, podendo direcionar e orientar o adolescente em projetos de vida futuros e na inserção no mercado de trabalho também”, reforça.
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