Apesar do frio ter dado uma aliviada na última semana, ele ainda não deixou totalmente o estado de São Paulo. Uma frente fria começou a atingir o litoral paulista nesta quinta-feira (29), passando a derrubar as temperaturas ao longo dos próximos dias.
A previsão é de que, junto com essa frente fria, uma outra massa de ar frio, de origem polar, deve avançar para o mar na sexta-feira (30) e passar o fim de semana na altura do litoral do Uruguai e do Rio Grande do Sul. De acordo com o Cepagri (Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura), da Unicamp, ela irá atravessar o litoral do estado, causando chuvas na faixa leste de São Paulo.
Com isso, a nebulosidade também aumentou em todo o leste paulista, e deve persistir até segunda-feira (3), assim como as chuvas eventuais, principalmente no litoral. Nas demais áreas, prevalecerá o tempo seco com sol.
Mas, apesar dessa nova onda, o inverno de 2023 não terá muitos dias de frio, já que neste ano a estação tem influência do El Niño. Uma das principais alterações provocadas por esse fenômeno na América do Sul é deixar a atmosfera mais quente no Brasil. No entanto, algumas frentes frias ainda vão poder atingir São Paulo, especialmente nos meses de julho e agosto.
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COMO SE FORMA UMA FRENTE FRIA
De acordo com o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), a frente fria é a faixa de transição entre massas de ar frio das regiões polares, que se deslocam em direção às regiões tropicais (mais quentes).
Ao longo desse deslocamento, essa massa de ar frio ainda encontra massas de ar com temperaturas mais elevadas, o que causa instabilidade na atmosfera e, consequentemente, as chuvas. Após a passagem de uma frente fria, ainda é comum que uma massa de ar frio e seco apareça em seguida.
O outono e inverno são estações marcadas pela friagem, que é o avanço dessas frentes frias sobre o território nacional. Além disso, nessas épocas do ano, as massas de ar frio são mais intensas, favorecendo a formação de geadas no centro-sul do país.
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