A cidade de Itajubá, Sul de Minas, reduziu em 45% o número de queimadas em 2022, no período de estiagem, no segundo ano de atuação do Comitê de Gerenciamento de Crise. De acordo com o Corpo de Bombeiros, o dobro do resultado alcançado em 2021, que foi de 20%.
Em abril do ano passado foi criado na cidade o comitê que reúne prefeitura, Corpo de Bombeiros, Câmara Municipal, Exército Brasileiro, Guarda Municipal, Polícia Ambiental, Emater e demais órgãos em uma frente de trabalho para o enfrentamento às queimadas.
Os incêndios em lotes vagos representam uma grande parcela dos atendimentos dos bombeiros durante o período seco. Antes da iniciativa, o ano de 2020 foi marcado como um dos piores da história na região do município, com mais de 500 focos de incêndio em vegetação, segundo o tenente do Corpo de Bombeiros, Marco Antônio de Oliveira.
O comitê realiza blitze educativas com a distribuição de cartilhas. O material alerta sobre o uso indiscriminado do fogo para a limpeza de terrenos sem a devida orientação dos técnicos da prefeitura e dos militares.
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Também foram construídos aceiros nas áreas de preservação ambiental, para evitar que o fogo se espalhe em caso de chamas. Os aceiros são uma faixa livre de vegetação onde o solo fica descoberto, para evitar a passagem das chamas de uma propriedade para outra.
Decreto proíbe queimadas em Itajubá
Em Itajubá um decreto municipal proíbe qualquer método de queimadas, mesmo que de forma controlada, em todo o perímetro urbano e rural do município de 18 de maio a 30 de novembro. O valor da multa pode variar de R$ 591,60 a R$ 7.888, dependendo da classificação, gravidade da ocorrência e da metragem do terreno.
É considerado grave atear fogo em propriedades próximas às margens de rodovias, sob linhas de energia elétrica, APPs (Áreas de Preservação Permanente), reservas legais e unidades de conservação ambiental. Quem impedir aos órgãos competentes de entrarem na propriedade para combater incêndio florestal, comete falta gravíssima.
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