Emilly Gregório Esteves, de 20 anos, foi transferida para o Hospital João XXIII, em Belo Horizonte. A justiça havia determinado no domingo (10) que a jovem, que teve 70% do corpo queimado em um acidente doméstico, fosse transferida imediatamente para tratamento especializado na capital mineira. No final do mesmo dia, ela conseguiu a vaga. A paciente ficou mais de uma semana internada na Santa Casa de Poços de Caldas.
Entenda o caso
O juiz Paulo Rubens Salomão determinou que a moça fosse levada para o hospital na capital mineira ou alguma outra instituição privada, que possuísse leito específico, ou que fosse adquirido um, para que ela tenha atendimento específico para queimaduras.
Foi a segunda decisão judicial para que Emilly tivesse tratamento adequado. Já havia uma determinação para a transferência dela para um hospital de Belo Horizonte em 24h, porém não foi cumprida. Em documento, a Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) afirmou que naquele momento não havia vaga no Hospital João XXIII para recebê-la, impossibilitando que a ordem fosse cumprida.
Emilly deu entrada no dia quatro de julho na Santa Casa de Poços de Caldas, após sofrer graves queimaduras. Ela participava da colheita de café com a mãe e o pai em um sítio. Na hora do almoço, teria usado álcool para acender um fogareiro e houve uma explosão.
O fogo atingiu o rosto, peito, braços e pernas de Emily. A mãe da jovem tentou ajudá-la e abraçou a filha para tentar conter as chamas, mas também sofreu queimaduras no rosto e no couro cabeludo. Ambas foram socorridas, porém a menina em estado mais grave. Desde então a jovem aguarda por vaga em hospital especializado.