Ao menos cinco latas de maconha com rótulo, tabela das substâncias e alertas sobre os efeitos foram apreendidas em Campinas (SP), no bairro Parque Brasilia, nesta terça-feira (7). De acordo com a PM (Polícia Militar), as latas são importadas e cada embalagem custaria por cerca de R$ 100.
As latas estavam enterradas em um ponto do bairro, onde é conhecido pelos policias como ponto de tráfico de drogas. As embalagens estavam junto com pinos de crack e maconha sintética.
Assim como uma lata de atum, a embalagem possui um lacre e traz detalhes sobre a composição da droga.
“É uma maconha entalada. Você vê que ela abre como se fosse uma lata de atum. Essa maconha acho que vem de fora, ela não é feita no Brasil. Segundo informações, ela vem do Paraguai, então é diferente e o preço dela é bem alto”, explicou o sargento Alexandre Amorim.
Enquanto os policiais patrulhavam a região, a PM recebeu uma denúncia pelo 190 falando as características dos indivíduos responsáveis pelos entorpecentes, como eles estavam vestidos e onde eles escondiam as drogas. Dois homens foram presos. Eles já tinham passagem pela polícia por tráfico de drogas.
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VERÃO DA LATA 1987
A história da maconha na lata, em Campinas, lembra um caso muito famoso, que já virou filme e letra de música, que aconteceu em setembro de 1987, em Maricá (RJ). Na ocasião, 18 latas de metal apareceram boiando a beira da praia. Cada uma tinha cerca de 1,5 kg de maconha em seu interior.
Isso não foi surpresa para a polícia, já que em agosto daquele ano, os Estados Unidos alertaram o Brasil que o navio Solana Star, vindo da Austrália, estava no Rio de Janeiro com 22 toneladas de erva contrabandeadas.
Ao descobrir que as drogas estavam sendo procuradas, a tripulação acabou jogando tudo no mar. Na época, muitas pessoas iam às praias para pegar as latinhas, apesar do grande medo de serem flagrados pela polícia.