Nesta segunda-feira (23), os metalúrgicos da GM (General Motors) de São Caetano do Sul, Mogi das Cruzes e São José dos Campos decidiram entrar em greve por tempo indeterminado. A categoria pede o cancelamento de todas as demissões anunciadas pela multinacional no último sábado (21).
O sindicato dos metalúrgicos de São José dos Campos argumenta que tem firmado junto à GM um acordo de layoff, que assegura estabilidade no emprego para todos os funcionários até maio do ano que vem.
“O acordo, portanto, foi quebrado e as demissões foram feitas sem qualquer negociação prévia com o sindicato, contrariando a legislação que exige essa medida em caso de cortes em massa”.
No sábado, a empresa desligou funcionários de três montadoras localizadas em Mogi das Cruzes, São Caetano do Sul e São José dos Campos. De acordo com GM, a demissão em massa foi motivada pela queda nas vendas.
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O sindicato dos metalúrgicos afirma que até o momento a multinacional não informou quantos funcionários foram demitidos. Porém, “mas há confirmações de que entre eles estão mulheres grávidas e pessoas com problemas de saúde”.
Para Valmir Mariano, vice-presidente do sindicato, as demissões foram um “desrespeito” tanto aos trabalhadores quanto ao acordo de layoff.
“Está declarada a guerra pelo cancelamento das demissões. O que a GM fez foi uma covardia e absoluto desrespeito aos trabalhadores e ao acordo assinado. Não vamos tolerar nenhuma demissão sequer. Vamos exigir dos governos federal e estadual medidas imediatas pelo cancelamento das demissões”, disse.
Além de exigir a suspensão das demissões, o sindicato também defende a redução de jornada dos trabalhadores sem redução de salário na fábrica.
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