30 de maio de 2024
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Metrô de São Paulo entra no segundo dia de greve, após impasse

Quatro linhas operam parcialmente; sindicato da categoria faz assembleia para decidir se os metroviários retornam ao trabalho ainda hoje

 
A greve dos metroviários entra no segundo dia, nesta sexta-feira (24), paralisando quatro linhas do metrô de São Paulo. O sindicato da categoria e a Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) não entraram em acordo nesta quinta-feira (23). O sistema transporta 2,8 milhões de pessoas por dia. Estão operando de forma reduzida: 

– Linha 1-Azul: de Ana Rosa a Luz. 
– Linha 2-Verde: de Alto do Ipiranga a Clínicas.- 
 Linha 3-Vermelha: de Santa Cecília a Bresser-Mooca. 
– Linha 15-Prata: permanece fechada.

 

 

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O Metrô apresentou, na madrugada desta sexta-feira, uma proposta ao Sindicato dos Metroviários para encerrar a greve e o retorno de 100% do efetivo às atividades. “A votação dos metroviários deve ocorrer em assembleia do Sindicato, ainda pela manhã, e a expectativa do Metrô é que o serviço possa ser totalmente restabelecido. A proposta contempla o pagamento em abril de abono salarial no valor de R$ 2 mil e a instituição de Programa de Participação nos Resultados de 2023, a ser pago em 2024?, disse em nota. 

A Justiça do Trabalho determinou na quinta-feira que a categoria deve manter 80% da operação nos horários de pico (6h às 9h da manhã e 16h às 19h). Nos demais horários, os metroviários devem manter 60% do serviço. 

Na noite de quinta-feira, o MPT (Ministério Público do Trabalho) sugeriu que o Metrô pagasse o abono exigido pelos metroviários de R$ 2,5 mil por trabalhador pelo anos de 2020 a 2022 (total de R$ 7,5 mil) para que a categoria voltasse ao trabalho. 

Os metroviários afirmaram que esperariam o Metrô aceitar a proposta até 23h para encerrar a greve. Mas, em nota divulgada após esse horário, a empresa afirmou que a companhia vai negociar com os trabalhadores “assim que a categoria retomar às atividades”, e afirmou ainda que “seguirá com plano de contingência para garantir o atendimento aos passageiros” nesta sexta-feira. 

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O pagamento do abono é uma das reivindicações dos metroviários, que alegam não ter recebido da companhia a cota da Participação dos Lucros ou Resultados (PLR) da empresa entre os anos de 2020 e 2022. O Metrô diz que não há dinheiro em caixa para o pagamento. 

Na esteira das reivindicações, os metroviários também pedem pelo fim da privatizações e terceirizações do Metrô e o aumento de contratações por concurso público para ampliar o quadro de funcionários. 

No começo da noite, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), decretaram ponto facultativo nas repartições estaduais e municipais da cidade de São Paulo e região metropolitana. 

No caso do decreto de Nunes, o ponto facultativo não será válido para serviços considerados essenciais, como Serviço Funerário, unidades de atendimento das secretarias de Saúde e Assistência Social, além de toda a rede municipal de ensino e a  

SEGURANÇA URBANA 

A Prefeitura informou também que o rodízio de veículos continuará suspenso nesta sexta, repetindo a decisão tomada pelo Executivo para este primeiro dia de greve. 

Por conta das paralisações, São Paulo chegou a registrar, entre o fim da tarde e o início da noite des quinta, mais de 800 quilômetros de lentidão entrar as ruas e avenidas da cidade. 

METRÔ MULTADO 

Ainda na quinta-feira, o Metrô conseguiu uma liminar que permitiu o funcionamento parcial das linhas paralisadas, utilizando até 80% do quadro de funcionários em horários de pico e de 60% nos demais períodos. 

O documento também anulou o acordo de catraca livre que o sindicato havia feito de manhã com o governo de São Paulo que liberaria a cobrança de passagens das pessoas em troca do retorno das atividades da categoria. 

Mas, horas depois, a juíza Elaine Aparecida da Silva Pedroso, do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2), revogou a liminar obtida pelo Metrô. Na decisão, a magistrada entende que o instrumento em posse da companhia não tem validade jurídica e multou a empresa em R$ 100 mil por conduta antissindical. 

“Antecedente, reitero a negativa da liminar requerida pelo Metrô e reconheço, incidentalmente, a prática de conduta antissindical, punindo-o com multa de R$ 100.000,00, em favor do requerido”, escreveu a juíza. 

“Uma decisão muito importante da juíza, que preserva o direito da população de usar o metrô e preserva o direito dos metroviários se mobilizarem”, afirmou Camila Lisboa, presidente do sindicato, ao Estadão. 

Em nota, o Metrô diz “que todos seus atos ao longo da paralisação nesta quinta-feira (23) foram respaldados por decisões judiciais e em benefício da prestação do serviço à população, com a garantia da segurança de sua operação”. 

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Marcos André Andrade
Marcos André Andrade é formado em jornalismo pela Unesp e pós-graduado em Gestão da Comunicação em Mídias Digitais pelo Senac. No Grupo EP desde 2022, é editor do Tudo EP e foi repórter do acidade on Campinas. Tem passagens pela Band Campinas, Rádio Bandeirantes de Campinas e Rádio Band News de Campinas, onde desempenhou as funções de âncora, editor, produtor e repórter.
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