Nesta quinta-feira (12), no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, mais de 30 mil fiéis acompanharam a missa solene no dia da Padroeira do Brasil. A celebração aconteceu em Aparecida, no interior de São Paulo, e teve início às 9 horas, presidida pelo arcebispo dom Orlando Brandes.
Ele destacou, em sua homilia, o grande número de romeiros que chegam à cidade a pé. “A Dutra se transformou na catequese da fé, um momento de retiro espiritual, porque as pessoas vem trazendo suas dores e voltam curados, voltam alegres, nos dando esse exemplo de fé.”
O desafio de percorrer dezenas e centenas de quilômetros até Aparecida impressiona até quem está acostumado com tanta devoção “Eu sou evangelizado por esse povo que tem essa coragem, que eu não tenho, de vir a pé”, comentou o arcebispo após a celebração.
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A posição da igreja católica, contrária ao aborto, foi citada na missa especial, “sim à vida, não ao aborto, sim à vida, não ao desmatamento”.
Na área reservada, estavam o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e secretários. Todos tomaram a comunhão e deixaram o espaço antes do fim da cerimônia.
Principal destino religioso do País neste 12 de outubro, o santuário de Aparecida tem expectativa de receber cerca de 110 mil pessoas somente nesta quinta.
Dificuldade de acesso à escultura gigante
A principal novidade deste ano, uma escultura gigante da santa, não atraiu o mesmo volume de fiéis pela dificuldade de acesso.
A imagem, inaugurada no último dia 7 e que possui 50 metros de altura (maior do que o Cristo Redentor, no Rio), pode ser vista de longe pelos romeiros que passam pela rodovia Presidente Dutra e é acessível por uma estrada paralela.
Quem quer ver a obra do artista Gilmar Pinna de perto, porém, precisa esticar o percurso em alguns quilômetros de subidas íngremes, que podem ser feitas a pé, de carro ou bicicleta.
Ao amanhecer, não havia fiéis no local – apenas seguranças guardavam o espaço, que abriga ainda uma mostra de esculturas metálicas de cenas bíblicas.
Romeiros vão ao santuário a pé para pedir ou agradecer
Há quem chegue a pé em busca de milagres ou para agradecer pedidos alcançados. Mariovaldo França, que veio da cidade vizinha de Guaratinguetá, estava emocionado na escadaria, sentado e abraçado à imagem da santa.
Ele veio a Aparecida pedindo o milagre de que o filho volte a enxergar – a cirurgia será nos próximos meses.
Anastácio Mendes Prates, de 66 anos, veio de Mato Grosso do Sul para agradecer sua liberdade. “Fiquei preso e fui julgado inocente. Desde que consegui sair da cadeia, eu venho aqui”, contou, ao assistir a missa segurando uma imagem da santa, a mesma que o segue desde a primeira visita ao santuário, em 2011.
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