A Polícia Civil de Itajubá realizou na manhã desta terça-feira (5) uma operação que prendeu cinco pessoas, entre elas um grande comerciante de materiais de construção, por estelionato e organização criminosa na cidade.
Além das quatro prisões temporárias, a operação “Cadoz” cumpriu onze mandados de busca e apreensão e uma prisão em flagrante no município.
De acordo com os policiais, as investigações começaram em 17 de maio deste ano quando obtiveram informações de que uma loja de óleos lubrificantes da cidade de Arcos, há 175 Km de Belo Horizonte, teria sido vítima da suposta quadrilha, e que seus integrantes pertenciam à cidade de Itajubá.
Segundo os proprietários desta loja, os criminosos lhe causaram um prejuízo de aproximadamente 70 mil reais.
Com as investigações em curso, no dia 26 de maio mais uma vítima, dessa vez uma loja de materiais de construção de Itajubá, disse ter tido prejuízo de aproximadamente 65 mil reais do mesmo comércio que fica na cidade.
Os golpistas montaram uma empresa com documentos adulterados e dados financeiros falsos. Eles se apresentavam para as vítimas como sendo uma empresa sólida e próspera.
Ao enviar estes documentos aos então clientes, os estelionatários ganhavam a credibilidade como sendo grandes compradores de mercadorias diversas. Após autorização dos departamentos jurídicos das lojas, eles faziam as compras com vencimentos a prazo, no entanto, após o recebimento das mercadorias, os pagamentos não eram efetivados.
Para que as lojas continuassem a vender sem desconfiar da fraude, os golpistas simulavam os pagamentos por meio de transferências inexistentes e enviavam comprovantes de pagamentos falsos. Porém, com o passar do tempo, as vítimas percebiam que nenhum valor financeiro havia sido creditado em suas contas.
A quadrilha utilizava-se de dois galpões, um localizado na cidade de Piranguinho, também no Sul de Minas, e outro em Itajubá. Após adquirirem as mercadorias, as mesmas eram estocadas e depois vendidas a terceiros com preços bem abaixo do mercado.
“As investigações apontaram ainda que o grupo de indivíduos eram associados entre si, com claros sinais de divisão de tarefas e ramificações, para a prática do delito”, explicou a Polícia Civil.
Além das quatro prisões temporárias, foi efetuada uma prisão em flagrante por receptação. Foram apreendidos documentos, aparelhos celulares, cheques, um veículo, assim como aparelhos eletrônicos, que irão contribuir para a identificação de demais integrantes do grupo, receptadores e possíveis vítimas ainda não identificadas.