Poços de Caldas, no Sul de Minas, recebe, até esta sexta-feira (21), o 46ª Congresso Brasileiro de Pesquisas Cafeeiras. A edição 2022 marca a retomada das atividades presenciais, suspensas nos últimos dois anos em função das medidas de prevenção à Covid-19.
Com público esperado de 600 participantes, o evento é promovido pela Fundação Procafé, com a participação da Seapa (Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais), Embrapa Café, Uniube (Universidade de Uberaba) e Ufla (Universidade Federal de Lavras).
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De acordo com o secretário de Estado de Agricultura, Thales Fernandes, a cultura cafeeira tem destaque no setor agropecuário de Minas Gerais. “O café é o principal produto da pauta de exportações do agro mineiro, com receita de US$ 4,4 bilhões de janeiro a setembro”, disse.
Dentro do negócio, a Epamig (Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais) possui papel fundamental, segundo Fernandes. “O Governo de Minas está investindo R$ 60 milhões na Epamig, em pesquisas que incluem a cafeicultura. Conhecimentos que ajudam a gerar renda, emprego e dignidade no campo”, explica.
A participação da Epamig no evento é feita através de seus pesquisadores com apresentação de trabalhos científicos que tratam da produção cafeeira, comercialização, manejo, entre outros assuntos relevantes sobre o tema.
Escolhido pela Fundação Procafé, o pesquisador Gladyston Rodrigues Carvalho foi um dos homenageados pelas tecnologias e projetos desenvolvidos em prol da cafeicultura. Graduado em Agronomia pela Ufla (Universidade Federal de Lavras), ele atua na Epamig desde 1997 com ênfase no melhoramento da produção cafeeira.
“O Brasil é o maior polo de tecnologia em café do mundo. Ser homenageado como pesquisador destaque em um evento tão importante é motivo de muito orgulho e alegria”, diz.
CAFÉS VULCÂNICOS
A região vulcânica abrange 12 municípios localizados entre o Sul de Minas Gerais e o nordeste de São Paulo. O café produzido nessa área apresenta características singulares, que junto ao clima e à altitude, são responsáveis por um produto de qualidade diferenciada.
A Secretaria de Estado de Agricultura de Minas, por meio de suas vinculadas Emater-MG (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais) e Epamig, participa, há mais de dez anos, da criação da Associação dos Produtores de Cafés da Região Vulcânica. A partir da assistência técnica aos produtores, desenvolvimento de pesquisas para o setor e organização de concursos de qualidade para os cafés, foi possível criar novas oportunidades para a cafeicultura local.
A Epamig possui Unidades Demonstrativas na região dos cafés vulcânicos, que contempla os municípios mineiros de Andradas, Bandeira do Sul, Botelhos, Cabo Verde, Caldas, Campestre e Ibitiúra de Minas.
As unidades fazem parte do projeto de validação de cultivares, que são acompanhadas com o objetivo de definição das melhores variedades para a área. Estudos, análises químicas e biológicas do solo e monitoramento do clima são algumas das ações que estão em andamento. Além disso, a empresa também está inserida no trabalho de definição da indicação geográfica dos cafés vulcânicos.
Ainda, por meio do programa Certifica Minas Café, a região registra 24 propriedades cafeeiras certificadas. O programa atesta as boas práticas agrícolas e possibilita que o café vulcânico conquiste novos mercados em todo o mundo.
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