15 de dezembro de 2024
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Polícia suspeita que engano levou à ataque a tiros a quatro médicos no Rio

Uma das vítimas era fisicamente parecida com Taillon Alcântara, líder de uma milícia da zona oeste do Rio de Janeiro

Momentos antes do ataque a tiros contra quatro médicos na madrugada desta quinta-feira (5), na orla da Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, a Polícia Civil interceptou uma conversa telefônica, que foi considerada pelos investigadores um indício de que as vítimas foram atacadas por engano.

Na ligação, interceptada com autorização judicial durante uma investigação sobre milicianos que atuam na zona oeste do Rio que já estava em andamento, um homem diz a outro: “acho que é posto 2” e recebe uma resposta que é inaudível.

A voz seria de Juan Breno Malta, conhecido como BMW e principal auxiliar do Philip Motta, o Lesk, ambos, segundo a polícia, ligados à milícia e ao tráfico. Lesk teria rompido com milicianos para aderir à facção criminosa Comando Vermelho.

Segundo a polícia, BMW havia recebido a informação de que o miliciano Taillon Alcântara Pereira Barbosa estava no quiosque da Naná e tentou explicar o local para um comparsa incumbido de matá-lo. O quiosque da Naná, no entanto, fica entre os postos 3 e 4 da orla da Barra da Tijuca. 

 

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Taillon é filho de Dalmir Pereira Barbosa, que, segundo a polícia, é líder de uma milícia da zona oeste e vive em confronto com a quadrilha de Lesk. Taillon é parecido fisicamente com o médico Perseu Ribeiro Almeida, uma das vítimas dos assassinos. Os outros mortos foram Marcos de Andrade Corsato e Diego Ralf Bonfim. O médico Daniel Sonnewend Proença sobreviveu ao ataque criminoso e encontra-se hospitalizado.

Outro indício de que o crime tem relação com a quadrilha de Lesk é que o carro usado no crime, um Fiat Pulse branco, foi rastreado pela polícia e seguiu até a favela de Cidade de Deus, que é uma base do Comando Vermelho.

De acordo com imagens de câmeras de segurança do quiosque fornecidas pela Polícia Civil do Rio, é possível ver os três homens aparentemente encapuzados descendo de um veículo e indo em direção aos médicos para efetuar os disparos. Alguns dos criminosos atiram várias vezes nas vítimas.

Os médicos estavam hospedados no Hotel Windsor, que fica localizado na Avenida Lúcio Costa, na Barra da Tijuca, para acompanhar o 6º Congresso Internacional de Cirurgia Minimamente Invasiva do Pé e Tornozelo.

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INVESTIGAÇÃO

Por determinação do secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, e do delegado-geral da Polícia Civil, Dr Artur Dian, a Polícia Civil de São Paulo enviou, já na manhã desta quinta-feira, 5, duas equipes para auxiliar nas investigações dos assassinatos no Rio.

Foram designados cerca de 10 integrantes da Polícia Civil. Entre eles, estão dois delegados, além de investigadores e peritos dos departamentos de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e de Inteligência da Polícia (Dipol). Outros policiais civis, além disso, devem auxiliar na realização de diligências ao longo dos próximos dias na capital paulista. A ideia é levantar informações sobre a vida pregressa das vítimas.

*Com informações da Agência Estado
 

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Larissa de Morais
Formada pela Universidade São Francisco, é repórter no Tudo EP | ACidade ON, site de entretenimento da EPTV, onde também foi assistente de mídias digitais e estagiária de jornalismo. Com passagem por sites de entretenimento e jornalismo independente, tem experiência em redação de material jornalístico para editorias de diferentes segmentos de hard e soft news e em produção de conteúdo para a internet.
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