19 de maio de 2024
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Pouso Alegre recebe projeto inédito para câncer de mama

Gratuito, app Tília Saúde Digital utiliza IA e visa auxiliar hospitais do Sul de Minas a rastrear e cuidar de pacientes

A microrregião de Pouso Alegre, no Sul de Minas, vai receber a primeira fase da implantação de um projeto inédito voltado às pacientes com câncer de mama através de um aplicativo gratuito para celular. O app Tília Saúde Digital utiliza IA (inteligência artificial) e está sendo apresentado durante o 19º Congresso Brasileiro de Informática em Saúde (CBIS), que acontece em Campinas (SP) entre 29 de novembro e 2 de dezembro.

O aplicativo foi desenvolvido através da parceria entre a Federassantas (Federação de Santas Casas e Hospitais Filantrópicos de Minas Gerais), a farmacêutica Roche e a Techtools Health para auxiliar os hospitais do Sul de Minas a rastrear e cuidar de pacientes com câncer de mama dentro do Projeto Saúde Mulher.

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O objetivo é, na macrorregião do Sul de Minas, digitalizar a linha de cuidado completa do câncer de mama em mulheres com idade entre 50 e 69 anos. A previsão é envolver 25 hospitais em uma região com 53 municípios, 985 mil habitantes e público-alvo de cerca de 117 mil mulheres.

Através do aplicativo é possível agendar consultas, solicitar atestados, armazenar e encaminhar resultados de exames, acessar prescrições digitais, receber monitoramento pós-consulta, bem como avaliar a plataforma e os atendimentos, entre outras funcionalidades.

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Já o agendamento de exames deverá ser realizado diretamente nas instituições de saúde contempladas pelo projeto, que nesta primeira etapa está concentrado no Hospital das Clínicas Samuel Libânio, em Pouso Alegre (MG).

A Tília Saúde Digital também é destinada aos gestores do sistema de saúde, médicos, enfermeiros e demais profissionais do setor, para digitalizar toda a jornada das pacientes. Será possível acompanhar a prevenção, diagnóstico e tratamento através de informações que viabilizem a busca ativa, de forma a evitar atrasos e faltas nos atendimentos.

COMO FUNCIONA

A solução, disponível para celulares Android e IOS, funciona através de um cadastro onde a usuária responde a questionamentos de profissionais de saúde com base em evidências científicas e protocolos do Ministério da Saúde.

Na etapa seguinte, é aplicada a inteligência artificial para verificar o risco da paciente para a doença e encaminhar seu caso a um médico que fará a consulta e vai solicitar exames, de acordo com a necessidade.

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Ainda, o app também dá dicas de prevenção como a importância dos cuidados com a saúde, com foco nos fatores de riscos modificáveis para o câncer de mama, entre eles o tabagismo, sedentarismo, alimentação inadequada e consumo excessivo de álcool.

Baixe o aplicativo grátis AQUI

CÂNCER DE MAMA E PANDEMIA

De acordo com o Projeto Saúde Mulher, a pandemia da Covid-19 é considerada um dos grandes motivos de aceleração da digitalização da saúde nos últimos tempos. Porém, ao mesmo tempo, tornou-se um obstáculo para a identificação de casos de câncer de mama e acompanhamento do tratamento das pacientes.

Publicado em setembro deste ano, uma pesquisa da Americas Health Foundation, com apoio da Roche, analisou o impacto da pandemia na detecção do câncer em 11 países da América Latina, incluindo o Brasil.

Entre os entrevistados, 80% dos médicos relataram que os programas e atividades de prevenção do câncer na região foram significativamente afetados. Além disso, 96% dos médicos citaram uma redução específica no número de mamografias de triagem.

O estudo revela que esses dados vão impactar milhões de mulheres, pois o câncer de mama, geralmente tratável se detectado nos estágios iniciais, é o tipo mais comum entre as mulheres na América Latina.

Ainda, os dados coletados reforçam outros levantamentos como o realizado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). Segundo a pesquisa, exames preventivos contra o câncer também estão entre os que sofreram expressiva queda durante o período crítico da pandemia.

Para se ter ideia, a mamografia bilateral, exame realizado nas duas mamas e muitas vezes vital para a descoberta precoce do câncer de mama, caiu de 3,2 milhões, entre março e dezembro de 2019, para 1,7 milhão no mesmo período de 2020.

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