A UNIFAL (Universidade Federal de Alfenas), em parceria com o Conselho Municipal de Direitos da Mulher de Varginha (CMDM), desenvolveu um relatório de políticas públicas para atender mulheres em situação de vulnerabilidade socioeconômica do município, com a previsão de propostas para áreas urbanas e rurais, como a criação de centros de atendimento e casa de acolhida às vítimas de violência.
Para uma das coordenadoras do evento e representante do Instituto de Ciências Sociais Aplicadas (ICSA) da UNIFAL, professora Fernanda Mitsue Soares Onuma, o desejo é de que o relatório sirva de base para a criação de políticas públicas, já que parte das propostas foram apresentadas por mulheres que atuam diretamente no atendimento de outras mulheres em situação de vulnerabilidade em Varginha.
“Nós acreditamos na importância do protagonismo de mulheres na elaboração de propostas de ações públicas às cidadãs, já que, por vezes, o olhar feminino é negligenciado e nossas vozes não encontram respaldo ou acolhimento por poderes públicos, cujos cargos principais seguem majoritariamente ocupados por homens. Desejamos que a experiência da construção coletiva incentive as mulheres de Varginha a intensificar sua participação cidadã no município”, destaca.
O relatório, desenvolvido a partir de metodologia participativa por conselheiras do CMDM e integrantes da comunidade, foi entregue à Prefeitura e à Câmara Municipal de Varginha na última terça-feira (30).
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O RELATÓRIO
A iniciativa trata de alguns pontos principais, como a criação de Centro Integrado de Atendimento para mulheres e pessoas LGBTQIAP+ vítimas de violência; o projeto de educação voltado a pessoas que tenham agredido mulheres e pessoas LGBTQIAP+; a Patrulha de Prevenção e Combate à Violência Doméstica na zona rural de Varginha; a casa de acolhida para mulheres e pessoas LGBTQIAP+ que tenham sofrido violência, e que acolha seus dependentes, entre outros.
Também consta no documento programas na área de saúde humanizada, incluindo ações educativas sobre higiene pessoal e formações voltadas aos profissionais de saúde, com o intuito de aplicar as leis de proteção às mulheres, a fim de erradicar a violência institucional e obstétrica no município.
Dividido em seções, o relatório apresenta o diagnóstico elaborado pelas participantes; missão, visão e valores da proposta; e treze projetos que compõem a política pública. O documento também contempla anexos de atas de reuniões e ofício que deram origem à ação, bem como fotos da construção coletiva de todo o processo e lista de participantes da ação.
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