12 de dezembro de 2024
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Qual o futuro das máscaras em um cenário pós-pandêmico?

Mesmo que a sociedade não volte ao cenário anterior de crise sanitária, o uso de máscaras deve permanecer em um futuro pós-pandêmico.

O mundo ultrapassou a marca de 579 milhões de casos de covid-19, com 6,41 milhões de mortes em agosto de 2022. As informações integram os dados do Our World In Data e JHU CSSE COVID-19 Data, que também indicam que o total de casos no Brasil é de 33,9 milhões, com 679 mil vítimas fatais.

O país chegou a 465 milhões de doses contra a SARS-CoV-2 aplicadas. Com isso, 170 milhões de pessoas foram totalmente vacinadas, o que equivale a 80,1% da população. Em julho, a OMS (Organização Mundial da Saúde) alertou para a escalada de casos e hospitalizações por Covid-19 na Europa, que se aproxima de quase 3 mil mortes por semana – próximo dos números registrados no último ano. Segundo o órgão, a nova onda é impulsionada por sublinhagens da variante Ômicron, sobretudo BA.2 e BA.5.
 
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Fernando Simões, diretor-comercial da SP Protection – empresa que atua com produtos descartáveis para área da saúde, nos segmentos odonto, farmacêutico e hospitalar -, afirma que, mesmo que a sociedade não volte ao cenário anterior de crise sanitária, o uso de máscaras deve permanecer em um futuro pós-pandêmico.

“No atual momento, as empresas que trabalham com produção e fornecimento de materiais como máscaras seguem com a missão de oferecer maior proteção e cuidado às pessoas, principalmente aos profissionais da saúde”, afirma

A pandemia evidenciou os cuidados necessários aos profissionais da saúde que se expõem aos riscos, acrescenta o especialista. “Ao fechar esse ponto da pandemia, vemos que o uso de novas tecnologias tende a se intensificar. Em um futuro com desenvolvimento científico e tecnológico, acreditamos que a sociedade estará melhor preparada para lidar com o um novo risco de uma crise sanitária”, expõe.

Máscaras devem permanecer em determinados ambientes e circunstâncias

De acordo com Simões, em um futuro pós-pandêmico, o uso de máscaras de proteção facial deverá continuar de forma mais intensa em ambientes hospitalares e lugares com aglomerações, como aeroportos, por exemplo.

“As máscaras deverão ser utilizadas, principalmente, por profissionais da saúde. Para a sociedade em geral, os equipamentos devem ser usados como uma forma de proteção e prevenção, de forma que pessoas contaminadas não transmitam vírus e bactérias para pessoas saudáveis”, explica.

No Japão, o uso de máscaras já era utilizado há décadas pela população – antes da pandemia de covid-19 – de forma massiva, como uma atitude respeitosa por parte do doente para com as pessoas ao redor, como informa Mitsutoshi Horii, professor de sociologia da Universidade Shumei, no Japão, em entrevista à BBC

Por lá, prossegue Horii, o uso de máscaras teria se tornado um hábito por conta da gripe espanhola, ocorrida entre os anos de 1918 e 1919. No Japão, 23 milhões de pessoas foram infectadas e 390.000 chegaram a óbito por conta desta pandemia, em um momento em que o país tinha 57 milhões de habitantes.

Empresas investem em tecnologia para a saúde

Entre as novas tecnologias que vêm sendo desenvolvidas por empresas para a promoção de saúde, Simões menciona que a SP Protection desenvolveu uma máscara que foi testada seguindo a norma internacional ISO-18184 (Laudo de Eficiência Antiviral) e recebeu o laudo da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).

“Segundo a norma, o laboratório para testagem precisa receber o material e esterilizá-lo com o método autoclave. O material é cortado em pedaços e colocado em um meio específico. Após esse processo, em um laboratório de nível segurança 2, ele é colocado em contato com células e vírus”, detalha.  

O diretor-comercial da SP Protection também conta que o material foi testado com dois vírus: o Coronavírus (SARS-CoV-2) e o vírus da gripe, a Influenza A H1N1. 

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“A análise demonstrou que a máscara destrói o vírus, tanto pela parte externa, como pela interna, permitindo que os contaminados não transmitam o vírus e protegendo as pessoas saudáveis”, conclui.

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Luciana Félix
Supervisora de conteúdo digital do acidade on e do Tudo EP. Entrou no Grupo EP em 2017 como repórter do acidade on Campinas, onde também foi editora da praça. Antes atuou como repórter e editora do jornal Correio Popular e do site do Grupo RAC. Também atuou como repórter da Revista Veja, em São Paulo.
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