Cleriston Pereira da Cunha, de 46 anos, era empresário e membro de uma família de políticos do interior da Bahia. Ele morreu, nesta segunda-feira (20), enquanto tomava um banho de sol, na Penitenciária da Papuda, em Brasília. Cunha estava preso desde janeiro, quando participou da invasão dos prédios dos Três Poderes, na Capital Federal.
Ainda que tenha nascido na Bahia, Cleriston morava no Distrito Federal há duas décadas. Conhecido como “Clezão do Ramalhão”, ele era filho de Edson Cunha, vice-prefeito de Feira da Mata entre 1989 e 1992, e irmão de Cristiano Pereira da Cunha, vereador da cidade.
O empresário respondia a uma ação penal por acusações de associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dado qualificado e deterioração de patrimônio tombado. Seu caso estava em tramitação no STF (Supremo Tribunal Federal) sob a relatoria do ministro Alexandre de Moraes.
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DO QUE ELE MORREU?
Segundo a juíza Leila Cury, da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal, Cleriston passou mal por volta das 10h de segunda. Tanto o Samu quanto o Corpo de Bombeiros foram acionados, chegando aproximadamente 18 minutos após serem chamados.
“O óbito foi declarado às 10h58. O falecido estava preso exclusivamente em razão da conversão de sua prisão em flagrante em prisão preventiva, nos autos da PET 4879 STF, recebia visitas regulares da companheira e das duas filhas e residia no Distrito Federal”, declarou a juíza.
Ainda segundo Cury, o empresário já recebia “regular atendimento médico” para tratar a diabete e hipertensão.
QUEM SÃO OS PRESOS DA PAPUDA?
Os bolsonaristas que participaram dos atos golpistas do 8 de janeiro foram enviados para a Papuda, que ficou conhecida por ser um presídio ocupado por presidiários famosos, como José Dirceu, José Genoíno, Marcola, Cesare Battisti e Natan Donadon.
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