O pico do Cabugi, no Rio Grande do Norte, pode ter sido o local de chegada dos portugueses ao território brasileiro. A afirmação é de diversos historiadores e pesquisadores da área.
No entanto, há séculos, esse acontecimento foi ambientado no Monte Pascoal, na Bahia. Atualmente, uma reivindicação histórica está em andamento, a fim de atribuir o local correto a esse fato.
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Reescrevendo a história
O professor da UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte), Lenine Barros Pinto, foi o primeiro a levantar a hipótese de o Cabugi ser, na verdade, o Monte Pascal. Em seu livro “Reinvenção do Descobrimento”, lançado em 2012, ele explica essa associação, justificando que o município de Touros, vizinho do pico, corresponde à cidade de Porto Seguro.
Até agora, o que se tem como historicamente estabelecido é:
- 1498 – Duarte Pacheco avista, sem pisar nele, o território que viria a ser Brasil
- 1500 – Vicente Yáñez Pinzón chega à costa de Pernambuco, em janeiro
- 1500 – Pedro Álvares Cabral avista o Monte Pascal e desembarca em Porto Seguro, em abril
Sendo que, o achamento do Brasil é atribuído a este último, junto a sua expedição portuguesa de Vasco da Gama.
Fontes portuguesas
Ao contatar a teoria de Barros Pinto, o engenheiro civil e investigador, Manuel Oliveira Cavalcanti, retomou os estudos. Ele mesmo se encaminhou a Portugal para conhecer, detalhadamente, a “Carta do Descobrimento”, em que há o relato oficial da chegada portuguesa ao Brasil.
Os dados aprofundados e baseados na interpretação extraída desse texto, foram responsáveis pela escrita do trabalho de Cavalcanti, o livro chamado “1500: de Portugal ao saliente Potiguar”.
Pico do Cabugi
A região do pico representa o único vulcão brasileiro inativo cuja formação ainda é original. Ele está localizado no extremo nordeste do país, especificamente no município de Angicos, onde o bioma é a Caatinga.
De acordo com fontes científicas, o vulcão não teve forças para explodir e, por isso, conserva sua forma original.
*Sob supervisão de Marcos Andrade
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