Nesta segunda-feira (25), a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou o uso do remédio Mounjaro como uma alternativa de tratamento contra a diabetes tipo 2. O remédio da farmacêutica Eli Lilly já é liberado nos Estados Unidos e na Europa e atua de forma parecida ao do Ozempic, do laboratório Novo Nordisk.
Ele também faz parte das “canetas emagrecedoras” no Brasil, em que, apesar de ser uma finalidade diferente da indicada em bula, o medicamento é muito utilizado para perda de peso.
Mesmo com a aprovação, ainda não se sabe qual vai ser o valor do Mounjaro. O preço do produto será determinado pela CMED (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos), vinculada ao Governo Federal.
LEIA TAMBÉM
Autismo: Saiba como identificar e lidar com o transtorno
Como um transplante de coração pode dar errado?
COMO FUNCIONA O MOUNJARO?
O funcionamento do Mounjaro no organismo acontece a partir da ativação dos receptores das células relacionadas a dois hormônios que atuam no sistema digestivo:
– GIP (polipeptídeo insulinotrópico dependente de glicose)
– GLP-1 (peptídeo 1 semelhante ao glucagon).
Pessoas com diabetes costumam ter problemas na produção ou ação da insulina, responsável por retirar da circulação sanguínea o açúcar obtido dos alimentos e colocá-lo dentro das células. Dessa forma, os receptores produzidos pelo Mounjaro atuam na liberação desse hormônio, evitando que o açúcar se acumule no sangue e provoque problemas à saúde.
Os receptores GIP e GLP-1 também estão presentes em células do cérebro responsáveis pelo controle do apetite. Assim, o medicamento ainda ajuda a regular a ingestão de alimentos, podendo servir para a perda de peso.
O Mounjaro é o nome comercial da tirzepatida, que leva a reduções maiores nos níveis de açúcar no sangue e a uma perda de peso maior que outros produtos semelhantes, conforme foi mostrado por um estudo publicado no The New England Journal of Medicine.
Para uma dosagem de 15 mg, a redução de peso corporal registrada foi, em média, de 22%.
LEIA MAIS