Uma reportagem especial exibida pelo “Fantástico” (EPTV/TV Globo), neste domingo (20), abordou sobre o TDI (Transtorno Dissociativo de Identidade). O programa apresentou casos de pessoas que possuem a condição psiquiátrica severa e rara, em que contam com diversas identidades.
Esses pacientes podem manifestar, em uma mesma situação, vozes diferentes, comportamentos variados, mudanças de personalidade ou até mesmo de idade.
Os principais sintomas do TDI variam a partir da forma que essas identidades se apresentam, que pode ser:
– Na forma possessiva: os familiares ou outros observadores conseguem perceber de imediato as diferentes identidades, em que a pessoa conversa e age de forma evidentemente diferente, como se outra pessoa tivesse assumido o comando;
– Na forma não possessiva: as diferentes identidades não costumam ficar tão evidentes aos observadores. Em vez de agir como se outra pessoa tivesse assumido o comando, ela pode se sentir desconectada de aspectos dela própria. Nesse caso, um dos sintomas, por exemplo, é a mudança da preferência por certos alimentos.
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A amnésia também é um dos sintomas do TDI, que pode envolver os seguintes aspectos:
– Falhas na memória de eventos pessoais do passado, em que a pessoa pode não se lembrar de alguns períodos da infância ou da adolescência.
– Lapsos de memória de eventos rotineiros atuais e habilidades consolidadas, em que é possível que a pessoa se esqueça temporariamente como usar um computador, por exemplo;
– Descoberta de evidência de coisas que fizeram, mas que não se lembram de terem feito.
QUAIS SÃO AS CAUSAS DO TDI?
O TDI costuma ocorrer em pessoas que passaram por um estresse ou trauma significativo durante a infância, como abusos ou uma perda importante no início da vida. Ao longo do desenvolvimento dessas crianças, é preciso que elas aprendam a assimilar as experiências vividas em uma única identidade pessoal.
Porém, o evento traumático pode ter efeitos duradouros, fazendo com que elas passem por fases em que percepções, memórias e emoções diferentes das suas experiências de vida fiquem segregadas. Com isso, a identidade se divide em duas ou mais para que elas aguentem sobreviver com as lembranças do sofrimento que passaram, em que cada fase ou experiência traumática pode ser usada para criar uma identidade diferente.
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