A Americanas anunciou, na sexta-feira (13) que cancelou o patrocínio do BBB (Big Brother Brasil) da TV Globo. A varejista, uma das principais anunciantes do programa e dona de uma cota master do reality, decidiu abandonar a parceria depois de descobrir um rombo bilionário (leia mais abaixo).
No comunicado divulgado, a Americanas S.A. disse que “a companhia está focada na gestão do negócio e no propósito de oferecer a melhor experiência a seus clientes, parceiros e fornecedores”. A varejista ressalta que a emissora segue como “relevante parceira na estratégia de marketing e comunicação” da empresa. Nas últimas edições do reality, a Americanas teve lugar de destaque nas ações de marketing do programa, sendo o mercado oficial da casa.
O Mercado Livre assumiu a maior cota do reality. Em entrevista ao jornal “O Globo”, Cesar Hiraoka, diretor de Marketing da companhia, disse que o BBB vai ampliar as vantagens dos serviços da empresa. Ele afirmou que o projeto tem um grande potencial para amplificar o propósito de democratizar o comércio.
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ROMBO NA AMERICANAS
Na última semana, a Americanas comunicou que foram detectadas inconsistências em lançamentos contábeis redutores da conta fornecedores realizados em exercícios anteriores, incluindo o de 2022. De acordo com a área contábil da companhia, em uma análise prévia, a estimativa era que essas inconsistências alcancem R$ 20 bilhões na data-base de 30 de setembro de 2022.
Logo após o anúncio, o presidente da Americanas, Sérgio Rial, e o diretor de relações com investidores, André Covre, deixaram os cargos. Logo depois, uma nova estimativa apontou que o valo em inconsistências poderia chegar a R$ 40 bilhões. O “rombo” na empresa fez com que a companhia pedisse recuperação judicial e também está afetando clientes do banco digital Nubank.
No primeiro comunicado, foi identificada a existência de operações de financiamento de compras em valores da mesma ordem acima, nas quais a Americanas é devedora perante instituições financeiras e que não se encontram adequadamente refletidas na conta fornecedores nas demonstrações financeiras de 30 de setembro do ano passado.
Um processo administrativo – o terceiro – foi aberto no dia 12 de janeiro pela Comissão de Valores Mobiliários para apurar as condutas relacionadas à falha contábil reconhecida pela Americanas. (leia a matéria completa aqui)
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