O impostômetro atinge nesta quinta-feira (23) a marca de R$ 500 bilhões. A ferramenta da ACSP (Associação Comercial de São Paulo), que mede em tempo real a arrecadação de impostos, taxas e contribuições nas esferas federal, estadual e municipal, deve chegar ao índice às 16h01. Este ano, o montante será registrado com quatro dias de antecedência, comparado com 2022.
ARRECADAÇÃO FEDERAL ULTRAPASSA R$ 251 BI EM JANEIRO
Cerca de metade desse montante, R$ 251,745 bilhões, é referente à arrecadação de impostos e contribuições federais, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira pela Receita Federal. O resultado representa um aumento real (descontada a inflação) de 1,14% na comparação com o primeiro mês do ano passado, quando o recolhimento de tributos somou R$ 235,321 bilhões.
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Enquanto o governo prepara uma nova proposta de reforma tributária, o valor arrecadado no mês passado foi o maior para meses de janeiro da série histórica, que tem início em 1995. Em relação a dezembro do ano passado, houve alta real de 19,14% na arrecadação. O resultado das receitas veio dentro do intervalo de expectativas das instituições ouvidas pelo Projeções Broadcast, que ia de R$ 210,50 bilhões a R$ 259,30 bilhões, e um pouco acima da mediana, de R$ 250,367 bilhões.
O Fisco apontou que o resultado foi impulsionado pelo crescimento real de 58,14% na arrecadação do IRRF – Capital, em razão da alta da Selic, com destaque para o desempenho dos fundos e títulos de renda fixa. Por outro lado, de acordo com a Receita, a redução das alíquotas do imposto de importação afetou a arrecadação deste tributo e do IPI vinculado.
A queda do IPI, PIS/Cofins e Cide sobre combustíveis, em decorrência das leis complementares aprovadas no ano passado, também afetou a arrecadação desses tributos. As desonerações totais concedidas pelo governo resultaram em uma renúncia fiscal de R$ 12,379 bilhões em janeiro, valor bem maior do que no mesmo mês de 2022, quando ficaram em R$ 6,349 bilhões.
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