19 de maio de 2024
- Publicidade -
Tudo Valor

Taxa média de juros no crédito livre subiu para 43,5% em janeiro

No primeiro mês de 2022, o juro médio é de 35,3%

O Banco Central informou nesta segunda-feira (27), que mesmo com o fim do ciclo de alta da Selic, o juro médio no crédito livre subiu de 41,7% em dezembro de 2023 para 43,5% em janeiro deste ano. No primeiro mês de 2022, a taxa era de 35,3%. 

Os juro médio no crédito livre para pessoas físicas foi de 55,4% para 55,6% ao ano de dezembro para janeiro. Já, para pessoas jurídicas, foi de 23,1% para 22,3% durante o mesmo período.  

 

VEJA TAMBÉM 

Confiança da Indústria cai 1,1 ponto em fevereiro 

1,5 milhão de pessoas devem ser excluídas do Bolsa Família

CHEQUE ESPECIAL
Entre as principais linhas de crédito livre para a pessoa física, destaque para o cheque especial, cuja taxa apenas oscilou de 132,1% ao ano para 132,0% ao ano de dezembro para janeiro. No crédito pessoal, porém, a taxa passou de 40,9% para 41,7% ao ano.
Desde 2018, os bancos estão oferecendo um parcelamento para dívidas no cheque especial. A opção vale para débitos superiores a R$ 200. Em janeiro de 2020, o BC passou a aplicar uma limitação dos juros do cheque especial, em 8% ao mês (151,82% ao ano). 

VEÍCULOS
Os dados divulgados nesta segunda pelo Banco Central mostraram ainda que, para aquisição de veículos, os juros foram de 28,7% ao ano em dezembro para 29,0% em janeiro. 

- Publicidade -

OPERAÇÕES LIVRES E DIRECIONADAS
A taxa média de juros no crédito total, que inclui operações livres e direcionadas (com recursos da poupança e do BNDES), foi de 30,1% ao ano em dezembro para 31,2% ao ano em janeiro. No primeiro mês de 2022, estava em 25,6%. 

ICC
Já o Indicador de Custo de Crédito (ICC) subiu 0,4 ponto porcentual em janeiro ante dezembro, aos 21,9% ao ano. O porcentual reflete o volume de juros pagos, em reais, por consumidores e empresas no mês, considerando todo o estoque de operações, dividido pelo próprio estoque.
Na prática, o indicador reflete a taxa de juros média efetivamente paga pelo brasileiro nas operações de crédito contratadas no passado e ainda em andamento. 

SPREAD
O spread em operações de crédito apresentou elevação em janeiro. Dados divulgados nesta segunda-feira pelo Banco Central mostram que o spread bancário médio no crédito livre passou de 28,7 pontos porcentuais em dezembro para 30,6 pontos porcentuais em janeiro, informou o Banco Central.
O spread médio da pessoa física no crédito livre passou de 42,2 para 43,5 pontos porcentuais entre os dois meses. Para pessoa jurídica, o spread médio passou de 10,3 para 12,7 pontos porcentuais. 

O spread é calculado com base na diferença entre o custo de captação de recursos pelos bancos e o que é efetivamente cobrado dos clientes finais (famílias e empresas) em operações de crédito. 

- Publicidade -

O spread médio do crédito direcionado foi de 4,3 para 4,6 pontos porcentuais na passagem de dezembro para janeiro. Já o spread médio no crédito total (livre e direcionado) foi de 19,3 para 20,5 pontos porcentuais de dezembro para janeiro. 

INADIMPLÊNCIA
A taxa de inadimplência nas operações de crédito livre com os bancos subiu de 4,2% para 4,5% de dezembro para janeiro, informou o Banco Central. Esse é o maior patamar desde maio de 2018 (4,6%). 

Para as pessoas físicas, a taxa de inadimplência subiu de 5,9% para 6,1% de um mês para o outro, o maior nível desde novembro de 2016 (6,1%). No caso das empresas, teve alta de 2,1% para 2,3% período, o maior desde maio de 2020 (2,4%). 

A inadimplência do crédito direcionado (recursos da poupança e do BNDES) passou de 1,2% para 1,3% em janeiro ante dezembro
Já o dado que considera o crédito livre mais o direcionado mostra que a taxa de inadimplência variou de 3,0% em dezembro para 3,2% em janeiro, mesmo porcentual de maio de 2020. 

ENDIVIDAMENTO DAS FAMÍLIAS
Os dados de endividamento e de comprometimento de renda das famílias com o sistema financeiro não tiveram atualização na Nota de Crédito divulgada nesta segunda-feira pelo Banco Central devido ao atraso na publicação da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua.
Nesta segunda, a previsão era de divulgação do endividamento e do comprometimento de renda de dezembro, mas a Pnad do trimestre móvel de outubro-dezembro de 2022 só será publicada na terça-feira, 28. Até novembro, o endividamento estava em 49,5% e o comprometimento de renda, em 27,7%. 

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o calendário de divulgações da Pnad foi revisado “em virtude da criação de uma força-tarefa que está utilizando a estrutura de coleta das Superintendências Estaduais para a coleta do Censo Demográfico 2022, houve extensão do prazo de fechamento do banco de dados das entrevistas”. (Com informações da Agência Estado) 

 

LEIA MAIS 

Vacina bivalente contra a covid-19 começa a ser aplicada hoje

Larissa de Morais
Formada pela Universidade São Francisco, é Assistente de Mídias Digitais do Tudo EP, ACidade ON e EPTV Campinas, onde também foi estagiária de jornalismo. Com passagem por sites de entretenimento e jornalismo independente, tem experiência em redação de material jornalístico para editorias de diferentes segmentos de hard e soft news e em produção de conteúdo para redes sociais.
- Publicidade -
plugins premium WordPress