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No último sábado, a Ferroviária recebeu o Crac-GO, em partida válida pela 5ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série D. As equipe empataram sem gols, em mais um jogo que a Locomotiva foi superior ao seu adversário, mas teve problemas na pontaria ofensiva. Com o ponto conquistado, a equipe de Araraquara se mantém na 6ª colocação do Grupo G, com quatro empates e uma derrota.
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A grande verdade é que a Ferroviária ainda não se encontrou na competição. A premissa do elenco era de uma defesa sólida e consistente, e isso vem sendo um destaque positivo, tendo sofrido apenas três gols. Porém, a ideia também era de que o ataque fosse eficiente, como era em 2021, ganhando os jogos “de meio a zero”. Dos míseros dois gols marcados pela equipe na Série D, apenas um foi anotado por um jogador do setor ofensivo, que foi o tento de Pilar na derrota contra a Inter de Limeira, por 2 a 1.
É fato que a Locomotiva consegue propor seu jogo, dominando as ações das partidas que disputa. Contra o XV de Piracicaba, o esquadrão afeano teve boas chances, perdeu oportunidades de vencer e contou com Gerson Magrão para criar as jogadas da partida. Mas, também é verdade que a equipe grená se apoia muito na bola aérea para buscar o gol, revelando uma dificuldade na criação de jogadas trabalhadas, com “a bola no pé”.
No embate frente ao Crac, a situação se mostrou similar. A Ferroviária foi muito superior ao clube goiano: a titulo de curiosidade, foram 15 escanteios para os donos da casa, enquanto os visitantes tiveram apenas dois. Os gols perdidos pelo atacante Pilar, único de sua função no elenco, fizeram falta. Dois pontos a mais e a Locomotiva estaria na zona de classificação para a próxima fase da Série D.
A última vitória da Ferroviária foi no dia 18 de fevereiro de 2023, quando a Locomotiva, ainda pelo Paulistão, bateu o Guarani por 1 a 0. Nesta terça-feira, completam-se 108 dias que a equipe grená não sabe o que é vencer. Em uma competição de nível tão baixo, com o investimento que tem no setor esportivo masculino, a Ferroviária nunca poderia estar sem saber o que é vencer na Série D. A problemática na montagem do elenco é clara, faltam peças para fortalecer o esquadrão.
Esperava-se mais um centroavante, mais atacantes de beirada e mais meias. Jogadores como Thomaz, Rafael Luiz e Antônio têm qualidade para assumirem a titularidade do time, mas é imaginável que por alguma questão interna eles não estejam em tal posição. É indiscutível que tais decisões têm uma motivação particular, até porque, pela qualidade deles, o banco de reservas não é merecido.
Outra questão que gera dúvida é o fato de não procurar soluções internas. A equipe sub-20 tem, atualmente, oito vitórias em oito jogos no Paulistão Sub-20, estando matematicamente classificada com dois jogos de antecedência. Acredito que alguns jovens poderiam ser testados na Série D, como Xavier e Antônio foram no Campeonato Paulista. Será que a solução para a falta de peças no elenco não está nas categorias de base? Henry, Mateus Cantarelli e Pedro Paulo têm quatro gols em oito partidas no torneio de base. Será que eles não auxiliariam a equipe na ineficiência ofensiva?
Em entrevista exclusiva, o goleiro Saulo afirmou que os jogadores da Locomotiva não medirão esforços pelo acesso. Bom, a hora de se provarem chegou e digamos que estamos levemente atrasados. Contra o Patrocinense, nesta quarta-feira, é mais uma questão de necessidade do que uma oportunidade. A Ferroviária precisa começar a somar pontos se quiser disputar a Série C na próxima temporada e isso não parece alcançável no momento.
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