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CotidianoColunistasO 2023 da Ferroviária: do inferno ao céu em poucos meses

O 2023 da Ferroviária: do inferno ao céu em poucos meses

Quem sabe tenhamos entrado finalmente nos trilhos. Ainda não se sabe se essa conquista será um divisor de águas

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*Por João Vitor Segura

De rebaixada no Paulistão a promovida na Série D, a Ferroviária viveu altos e baixos na temporada de 2023. Depois de oito temporadas na elite estadual, a Locomotiva caiu para a Série A2 e, 182 dias depois, a equipe grená conquistou o tão sonhado acesso para a Série C, voltando a disputar a competição após 21 invernos.

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Há oito anos, em 2015, a Ferroviária retornou à Série A1 do Paulistão após 19 anos, uma vez que foi rebaixada em 1996. Depois de ter frequentado a segunda, a terceira e até a quarta divisão estadual, passando por muitos problemas estruturais, financeiros e políticos, o patrimônio de Araraquara estava de volta para enfrentar clubes como Palmeiras, Santos, São Paulo e Corinthians no mais alto nível do futebol paulista.

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E, desde então, a Locomotiva seguiu na primeira divisão. Batendo Corinthians, Palmeiras e Santos em algumas oportunidades, além de conquistar a classificação para as quartas de finais em 2019 e 2021.

Ferroviária voltará a disputar a Série C do Brasileiro após 21 anos (Foto: Tiago Pavini/AFE)

Mas, o Paulistão deste ano seguiu a linha decrescente de 2022. Na temporada passada, o time afeano brigou contra o rebaixamento após ter feito uma excelente campanha em 2021, mas evitou tal tragédia após bater o Mirassol por 2 a 0 na última rodada do campeonato.

E, em 2023, a Locomotiva não conseguiu se manter na elite estadual. Entre inumeráveis problemas organizacionais, a Ferroviária não fez por merecer a permanência na elite estadual. Mesmo que contasse com jogadores muito qualificados, como John Kennedy, Thonny Anderson e Léo Santos, a falta de um projeto minimamente decente foi notável no torneio (escancarada pela contratação de Elano após os maus resultados iniciais de Vinícius Munhoz na competição), resultando no rebaixamento.

Passado o desastre no campeonato estadual, a equipe grená centrou as suas forças na Série D, visto que caso não conquistasse o acesso, seria obrigada a voltar a disputar a Copa Paulista, competição que não via as cores desde 2019 (com exceção a 2021, quando montou um ‘Time B’ para o torneio).

Mantendo o projeto fracassado de Elano, a Locomotiva demorou seis jogos para demiti-lo e ‘promover’ Alexandre Lopes das categorias de base. O sucesso foi imediato: vitória por 5 a 1 na estreia, classificação, impensada naquela altura, conquistada na última rodada e um time muito inteligente formado, que parecia muito experiente na competição.

Campanha sofrível no Paulistão fez time ser rebaixado para a Série A2 do Paulistão (Foto: Tiago Pavini/AFE)

Alexandre Lopes (abrindo um parênteses para defender com unhas e dentes a permanência dele para a próxima temporada) conseguiu utilizar as suas peças da melhor forma possível, montando um time que sabia jogar mata-mata de uma forma primorosa. Afinal, foram cinco vitórias, quatro empates e apenas uma derrota nas fases finais da Série D, ficando com o vice-campeonato do torneio.

E o mais importante: o almejado acesso. Algo que era desejado desde 2018, quando a Locomotiva estreou na competição após vencer a Copa Paulista de 2017, foi conquistado na temporada em que talvez houvesse menos expectativa para tal.

A temporada de 2023 foi finalizada com um gosto misto: tristeza pelo rebaixamento no Paulistão, mas alegria pelo acesso na Série D. Talvez, pela primeira vez em anos, a Ferroviária consiga um feito muito positivo, mas que antes era improvável.

A possibilidade de montar apenas um elenco para a temporada toda, disputando a Série A2 do Paulistão e a Série C do Campeonato Brasileiro sem ter de desmantelar toda a equipe e reformulá-la após o término das competições, é muito animadora.

E, mesmo que haja incertezas a respeito dos donos da Ferroviária, principalmente sobre as pretensões deles com o clube de Araraquara, ao que aparenta, o futuro pode sorrir para a Locomotiva. Ainda não se sabe se essa conquista será um divisor de águas. Quem sabe tenhamos entrado finalmente nos trilhos corretos. Quem sabe estejamos nos deparando com o ressurgimento da Ferroviária, depois de um aparente fim de projeto esportivo.

Acelera, Locomotiva! A nossa próxima parada é, após 21 anos, na Série C.

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