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Em meio à discussão sobre a criação de um novo feriado municipal em Araraquara para celebrar o “Dia de São Bento, padroeiro da cidade” em 11 de julho, o Sincomercio (Sindicato do Comércio Varejista de Araraquara) enviou um ofício aos vereadores manifestando posicionamento contrário à medida. Na visão da entidade, a celebração impactaria de forma negativa nos negócios devido à proximidade da data com o feriado estadual de 9 de julho.
Ao acidade on, o presidente do Sincomércio, Antonio Deliza Neto, ressaltou que atualmente a cidade possui o número determinado em lei de feriados municipais religiosos, incluindo o 20 de novembro, recentemente instituído em nível estadual pelo governador de São Paulo.
A iniciativa, de autoria do vereador Rafael de Angeli (PSDB), busca estabelecer o feriado no dia 11 de julho, com a justificativa de que a celebração do padroeiro é uma demanda antiga da comunidade católica. O parlamentar destacou na justificativa a relevância histórica, cultural e religiosa de São Bento para o “fortalecimento dos valores e identidade de nossa comunidade”.
Outro argumento apresentado na justificativa do projeto de lei é que a instituição do feriado municipal, além de preservar a herança cultural e religiosa, pode estimular as atividades comerciais, promovendo o turismo e trazendo impactos econômicos positivos para a cidade.
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Mas, a visão do autor não é compartilhada pelo representante do comércio araraquarense. Na avaliação do Sincomércio, a criação do “Dia do Padroeiro” causaria prejuízos e até mesmo a saída de pessoas da cidade pela ausência de atrativos turísticos e religiosos na data.
Na avaliação do representante do Sincomércio, a atividade econômica ainda vem se recuperando dos impactos negativos causados pela pandemia da covid-19 com a redução das vendas. Ele também disse temer que um novo feriado impactasse na geração de emprego.
A proposta ainda aguarda análise de constitucionalidade, mas já conta com a assinatura de 13 dos 18 vereadores da Câmara Municipal. Com isso, a ideia é procurar outras entidades e tentar sensibilizar as autoridades sobre o impacto negativo que a pauta traria para a economia local.
“Estamos articulando com o sindicato dos hotéis, da panificação e com todas as atividades econômicas pertinentes da cidade na posição contrária a essa proposição e que se analise de uma maneira melhor, pois um feriado na sequência do outro não é bom”, introduziu.
Caso a proposta seja encaminhada para votação em plenário, o representante do comércio não descarta a possibilidade de se cadastrar na Tribuna Popular para defender o posicionamento contrário à iniciativa. Deliza reforçou ainda que nem mesmo a mudança de data para o feriado seria bem-vinda, justamente pelo momento econômico delicado do País.
“Acredito que a preocupação do poder público e de toda a nação devia ser recuperar o que perdemos na pandemia e estamos perdendo ao longo desses seis ou sete meses. A economia não anda bem e as vendas não estão bem. A manutenção dos empregos está muito difícil, então precisamos pensar e temos muitos feriados no Brasil que muita gente sequer sabe o que representam, como o próprio 9 de julho, por exemplo”, finalizou.
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