Um mandato pautado pela fiscalização do Executivo, que defenda a modernização digital e o empreendedorismo na cidade de Araraquara.
Essas são as bandeiras de Rafael de Angeli (PSDB), entrevistado desta quinta-feira (7), e reeleito para cumprir o segundo mandato como vereador, ao obter 1.559 votos.
A análise da função legislativa, a produção dos vereadores, partido político e enfrentamento da pandemia são temas respondidos pelo tucano.
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Rafael é o terceiro entrevistado, de 18 vereadores que responderão aos mesmos questionamentos. As entrevistas serão publicadas de segunda a sexta-feira.
A ordem das publicações segue a votação recebida por cada um deles nas urnas.
Confira a íntegra da entrevista com o vereador do PSDB:
ACidade ON: Na sua avaliação, qual deve ser o papel do Legislativo?
Rafael de Angeli: O legislativo, na minha avaliação, deve ter um papel firme de fiscalização, tanto dos serviços públicos, quanto das contas. Apesar da importância de criarmos leis inteligentes para dinamizar o funcionamento da cidade eu acredito muito que estar atento sempre aos passos do prefeito é fundamental pra gente evitar qualquer desvio que possa ocorrer.
ACidade ON: No que se identifica e porque está em seu partido?
Rafael de Angeli: Me filiei ao PSDB em 2015 e naquela época fui embalado por aquela campanha de impeachment da Dilma [Rousseff] e eu, com certeza, aprendi e aprendo muito dentro do partido. Tenho uma visão mais central, contra todos os extremos e me identifico com os ideais do PSDB a respeito da sua fundação. E é claro que o partido, como muitos, ou a maioria posso assim dizer, tem erros. Mas estou disposto a entrar na luta pra gente corrigir esses problemas e tentar reascender as chamas da social democracia, sempre com ênfase na responsabilidade fiscal.
ACidade ON: Quais serão suas bandeiras neste mandato?
Rafael de Angeli: Basicamente são as bandeiras levantadas em meu primeiro mandato. São a fiscalização das contas do Executivo, que é o papel principal do vereador, a modernidade digital, tal como trouxemos o Uber pra Araraquara. Continuar trazendo a modernidade pra nossa cidade. Incentivo ao empreendedorismo, o que acho essencial e não posso esquecer também da educação, em primeiro lugar, e a saúde, que ao meu ver são essenciais para qualquer vereador, prefeito, governador, senador e presidente. A gente tem que cuidar da educação e saúde do nosso povo.
ACidade ON: O ano de 2021 ainda deve sofrer os impactos da pandemia, com filas na saúde e crescimento do desemprego e empobrecimento da população. Na sua avaliação, como a Câmara pode contribuir para amenizar estes impactos?
Rafael de Angeli: Acredito que o incentivo ao empreendedorismo possa ser um importante caminho. No nosso primeiro mandato criamos a Semana do Jovem Empreendedor e a Semana do Empreendedorismo Feminino, que tem o apoio da Mulheres Empreendedoras de Araraquara (MEA), que tem centenas de mulheres empreendendo e gerando renda. Acredito muito que a interlocução com a secretaria da Saúde, além da fiscalização da destinação dos equipamentos comprados durante esses picos da pandemia também devem ser objetos da nossa atuação.
ACidade ON: Na última legislatura 82% das leis de autoria dos vereadores foram para dar nome a próprios públicos e promover inclusões no calendário de eventos do município. Qual sua opinião sobre isso e acredita ser possível mudar essa realidade? Se sim, como?
Rafael de Angeli: É essencial que existam nomes nas ruas, pois se a Câmara simplesmente parar de colocar nomes nas ruas teremos um grande caos nos novos bairros que surgirem na cidade. Mas lógico que a função do vereador vai muito além disso. No meu primeiro mandato, por exemplo, criamos a lei da Transparência Municipal e a lei que legalizou o aplicativo de transporte privado em Araraquara, que trouxe o Uber pra cá. São projetos importantes para o cotidiano do nosso município. Tivemos a ideia dessas iniciativas após conversas com vereadores de outros lugares, principalmente. Acredito que chamar especialistas ao debate e estudar ideias legislativas já premiadas em outros locais são ótimos e importantes caminhos para o vereador dimensionar sua ação.
ACidade ON: Como deve se posicionar na Casa de Leis? Será base governista, oposição ou terá uma postura independente? Por quê?
Rafael de Angeli: Particularmente não gosto muito da palavra independente quando um político quer falar em qual lado está. A oposição é independente, exatamente porque ela não está amarrada aos cargos prometidos pelo Poder Executivo. Alguém que vota junto com o prefeito e tem cargos na Prefeitura não pode se dizer independente ao meu ver. Alguns vereadores na última legislatura, por exemplo, infelizmente faziam isso. Enquanto usufruíram de cargos no Executivo e votavam projetos polêmicos do Governo iam na imprensa e se diziam independentes. Eu com muito orgulho digo: sou oposição. É claro que bons projetos terão meu voto favorável, como sempre tiveram, sendo que essa é a essência de uma oposição qualificada. Mas que fique muito claro, estou sempre do lado oposto deste governo municipal. E como disse em várias outras oportunidades na tribuna da Câmara e na mídia eu não quero cargos, benefícios ou vantagens em troca dos meus votos na Câmara. Se o prefeito quiser os meus votos em projetos basta que sejam benéficos aos munícipes e serem construídos com amplo debate e participação de todos os interessados.
CURIOSIDADES SOBRE RAFAEL DE ANGELI:
Ídolo: Steve Jobs;
Inspiração política: Fernando Henrique Cardoso;
Time do coração: Palmeiras, mas não acompanho;
Um livro de cabeceira: Bíblia sagrada;
Estilo musical: Pop;
O que não pode faltar no mandato, em apenas uma palavra? Fiscalização.
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