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BairrosDescubra qual é a relação do Estádios da Ponte Preta e do Guarani com o Jardim Proença

Descubra qual é a relação do Estádios da Ponte Preta e do Guarani com o Jardim Proença

Estádios “Moisés Lucarelli” e “Brinco de Ouro da Princesa” participaram da história e desenvolvimento da região do Jardim Proença

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Eles assistiram ao desenvolvimento do bairro Jardim Proença, em Campinas. Os Estádios “Moisés Lucarelli”, da Associação Atlética Ponte Preta, e o “Brinco de Ouro da Princesa”, do Guarani Futebol Clube, foram construídos durante as décadas de 30 e 50, quando nem o bairro ainda havia se estruturado.

“Aqui era só brejo”, afirma o torcedor da Ponte Preta e coordenador de comunicação do time, Paulo Santana. “Esse terreno aqui, ele foi comprado em 1930, quando três pontepretanos se juntaram para comprar o espaço”. Santana faz referência a Olímpio Dias Porto, José Cantúsio e Moysés Lucarelli, no qual tem o nome eternizado na arena.

No outro lado da região do bairro, o Brinco de Ouro da Princesa ganharia forma na década de 50, mas há uma história do time em duas outras regiões de Campinas. “O Guarani surgiu em 1911 e começou a utilizar um campo na Vila Industrial e depois em um no Guanabara, conhecido como pastinho”, explica o superintendente executivo do Guarani Futebol Clube, Marcelo Tasso. O campinho em questão ficava na Rua Barão Geraldo de Rezende, no Jardim Guanabara.

Os dois estádios, símbolos fortes de uma cidade que já foi conhecida como a Capital do Futebol, contam com memoriais que evocam as conquistas dos dois times. No Guarani, o torcedor Renato Squarizi foi um dos pioneiros na construção do lugar. “Pelo amor ao Guarani, eu criei o museu do time”. Além do levantamento histórico, o entusiasta da história e do esporte também fez o primeiro campeonato interno de vôlei do time, deu aulas de judô no Guarani e disputou diversos campeonatos de futebol.

No Majestoso, o museu narra a árdua jornada de levantar a casa da Ponte. Em uma das fotografias de época, é possível ver uma fila de caminhão com o escrito “Campanha do Tijolo”, uma ação desenvolvida pelos torcedores do time para juntarem recursos para a construção do estádio.

“Aquilo virou uma febre, a cidade toda abraçou o time”,

explica Paulo Santana.

“Aqui eles chamavam bairro do fundão”, diz Santana. A região em que as arenas dos principais times de Campinas foram construídos era considerada periférica no último século. Segundo o historiador da Prefeitura Municipal, Américo Villela, os estádios colaboraram para a urbanização do território. Na obra “História da Associação Atlética Ponte Preta”, do ex-presidente do Conselho Deliberativo da A.A. Ponte Preta, Sérgio Rossi, a aquisição do terreno ficava em uma área “quase pantanosa, que ficava na chácara do Maranhão”. 

Nos memoriais, as fotos dos estádios das décadas de 30 a 50  ilustram bem a afirmação de Rossi. Aos arredores das arenas, ainda em construção, não é possível ver os característicos prédios da Avenida Princesa D’Oeste, tampouco os mercados e comércios. Ao invés, alguns punhados de casas, muita estrada de terra e bastante mato.

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Conforme o próprio bairro foi se desenvolvendo, algumas características dos estádios acompanharam as mudanças.

“O estádio teve muitas transformações. No começo, era usado a arquibancada de madeira do pastinho aqui [no Guarani]. A ideia era fazer um anel superior que hoje é o tobogã. Ele foi se modernizando”,

explica Tasso.

O Brinco de Ouro da Princesa foi projetado pelos arquitetos Ícaro de Castro Melo e Osvaldo Correia Gonçalves e o seu nome é um trocadilho de um jornalista da época que associou o formato do estádio a um brinco. Atualmente, a arena tem capacidade para cerca de 29.130 pessoas.

Já na Ponte Preta, o principal idealizador foi o torcedor Moisés Lucarelli e construído com os esforços dos próprios torcedores, durante os finais de semana por quase 18 anos. Durante a década de 50, o “Majestoso” era o terceiro maior estádio do Brasil, perdendo para o Pacaembu, em São Paulo, e São Januário, no Rio de Janeiro. Hoje, o “Moisés Lucarelli” tem capacidade para 17.728 pessoas. “Para o torcedor da Ponte, isso daqui é o nosso maior troféu”, afirma Santana.

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