- Publicidade -
BairrosMuseu da Imagem e do Som: a história do Centro de Campinas contada em imagens

Museu da Imagem e do Som: a história do Centro de Campinas contada em imagens

MIS (Museu da Imagem e do Som) de Campinas conta com um acervo rico sobre o passado do Centro da metrópole

- Publicidade -

Você já conhece o MIS (Museu da Imagem e do Som) de Campinas? É difícil não ficar impressionado com o edifício na esquina da Rua Regente Feijó com a Ferreira Penteado, no Centro da metrópole. O Palácio dos Azulejos abriga hoje o MIS e, em seu acervo, é possível conferir diversas fotos históricas da cidade.

“Temos vários aspectos para abordar em relação ao MIS. Então, primeiro, podemos começar com a essência dele”, comenta o coordenador do MIS, Alexandre Sonego.

- Publicidade -

“O prédio solar foi do Barão de Itatiba, o Joaquim Ferreira Penteado”.

O Barão de Itatiba foi o idealizador da Escola do Povo, próximo ao “Solar do Barão”. Por isso, segundo o coordenador, o edifício recebeu este nome por ter inúmeras janelas que facilitam a incidência do sol.

“Este prédio está voltado ao sol da manhã. Estamos falando de 1800, época em que a vida era diurna”,

diz.

Dessa forma, o Solar foi erguido em 1878, em taipa e pilão, com mão de obra escrava, sob influência do estilo arquitetônico “neoclássico”, da era cafeeira de Campinas, e a fachada é coberta por azulejos portugueses. Daí o nome de “Palácio dos Azulejos”. Além disso, ele é um edifício geminado por compartilhar uma mesma parede divisória.

“De um lado era a residência do Barão e, do outro lado, pertencia ao genro dele”,

explica.

As várias facetas do prédio histórico do Centro

Quem passa de um cômodo ao outro do prédio histórico no Centro, consegue experienciar um pouco de como os antigos campineiros deviam sentir a cidade. Erguido com materiais do exterior – como metais, tintas, lustres e mármores -, o edifício sofreu mudanças significativas em sua estrutura e em seu propósito ao longo das décadas.

Por isso, o historiador do Museu da Cidade, Américo Villela, explicou que o Barão morou no prédio até morrer e, em 1908, foi instalada a Prefeitura Municipal. O primeiro prefeito a ocupar o então novo paço municipal foi Orosimbo Maia.

“Nós temos algumas características interessantes. O chão [de algumas salas] é feito de marchetaria, de madeira. Em 1908 até 1968, a Prefeitura ocupou este espaço. Diversos prefeitos passaram por aqui”,

diz Sonego.

A sala que ele referenciava ser única fica ao lado direito do edifício, lugar onde também está a esquina da rua, para quem observa de fora. Naquele espaço, o prédio sofreu uma das mais significativas mudanças. Durante a gestão de João Alves dos Santos, foi realizado um corte na lateral do Palácio, conhecido como chanfro. “Esse prédio tinha uma quina, mas para os carros passarem e também para fazer essa nova reformulação [da Prefeitura], foi realizada essa reforma em 1934”, explica o coordenador.

- Publicidade -

De 1968 até 1996, o lugar virou sede do DAE (Departamento de Águas e Esgotos), que passou a se chamar Sanasa (Sociedade de Água e Abastecimento de Campinas). Atualmente, o edifício abriga o MIS e também é um dos poucos lugares tombados por três diferentes órgãos: o Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), em 1967; o Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo), em 1981; e o Condepacc (Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Campinas), em 1988.

A história do Centro em imagem e som

Foto produzida por Henrique de Oliveira Jr., um dos fundadores do MIS
Foto produzida por Henrique de Oliveira Jr., um dos fundadores do MIS (Foto: Reprodução/ Museu da Imagem e do Som de Campinas)

O MIS (Museu da Imagem e do Som) de Campinas ocupa o Palácio dos Azulejos desde 1996. Nesse sentido, o MIS é dividido em diversos setores que resgatam a história do audiovisual da cidade. Além disso, oferece também espaços para exposições variadas.

“É um Museu plural. Nós temos sessões do cineclube, sessões abertas, gratuitas. Nós temos coletivos que se organizam aqui. Nós temos uma sociedade civil que participa. Nós temos exposições temporárias”,

explica Sonego.

Assim, em uma das salas, é possível ver, em uma das paredes, uma enorme fotografia. Nela, há a presença de um pedestre, trajado em um terno e com um chapéu na cabeça, ele anda por uma rua e, no outro lado, um bonde elétrico aparece trafegando. No horizonte, a torre do relógio da atual Estação Cultural. A foto é apenas um exemplo do sentimento que o Museu pode provocar em quem o visita. É apenas um fragmento do potencial que o lugar tem de explanar a história do Centro em imagens e sons.

Entre câmeras, projetores, cartazes históricos de filmes, gramofones, televisores e exposições de arte, o Museu respira e nutre quem o visita com experiências únicas. Dessa maneira, Sonego explicou que o MIS é aberto à população desde 2004 e já funcionou no Centro de Convivência, no Largo do Pará, na Escola do Povo e na Prefeitura Municipal.  “Não se ama o que não se conhece”, traduz.

Funcionamento do MIS

O quê: Museu da Imagem e do Som de Campinas;

Onde: Palácio dos Azulejos – Rua Regente Feijó, 859 Centro

Quando: Segunda à terça, das 10h às 18h; e de sábado, das 10h às 15h;Contato: (19) 3733-8800 e mis@campinas.sp.gov.br;

Projeto Vozes da Nossa Gente

Essa matéria faz parte do projeto multiplataforma “Vozes da Nossa Gente” do portal ACidade ON Campinas. O projeto destaca o jornalismo hiperlocal e busca uma maior conexão com a comunidade.

Clique aqui e veja todas as matéria do projeto!

- Publicidade -
Anthony Souza
Anthony Souza
É jornalista e analista de Mídias Digitais Jr. do Grupo EP. Tem experiência com reportagens multimídia e produção de web documentário. É formado em jornalismo pela Universidade Federal do Pampa (Unipampa) e tem afinidade com produção e edição de conteúdo para as redes sociais. Está no grupo desde 2022.
- Publicidade -
- Publicidade -
Notícias Relacionadas
- Publicidade -