O Brasil recebeu hoje (5) o material biológico necessário para iniciar o desenvolvimento de uma vacina contra a varíola dos macacos, ou monkeypox. O material conhecido tecnicamente como sementes do vírus vacinal foi doado pelo Instituto Nacional de Saúde (National Institutes of Health – NHI), agência de pesquisa médica dos Estados Unidos, para CT Vacinas (Centro de Tecnologia de Vacinas), na UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais).
Esse é o primeiro passo para o desenvolvimento de uma vacina nacional contra a doença. Com esse material, é possível desenvolver o IFA (Insumo Farmacêutico Ativo), que é a matéria-prima para a produção vacinas. O CTVacinas receberá o lote e trabalhará em parceria com a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), por meio do Biomanguinhos (Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos).
A iniciativa é uma das ações definidas como prioritária pelos pesquisadores brasileiros que integram a CâmaraPOX do MCTI (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações). Constituída em maio deste ano, o grupo formado por oito pesquisadores brasileiros especialistas em varíola e outros poxvírus assessora o MCTI sobre o assunto em relação à pesquisa, desenvolvimento e inovação.
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A varíola dos macacos é uma doença causada por vírus e transmitida pelo contato próximo ou íntimo com uma pessoa infectada e com lesões de pele. O contato pode se dar por meio de um abraço, beijo, massagens, relações sexuais ou secreções respiratórias. A transmissão também ocorre por contato com objetos, tecidos (roupas, roupas de cama ou toalhas) e superfícies que foram utilizadas pelo doente.
CASOS NA REGIÃO DE CAMPINAS
A secretaria Estadual de Saúde divulgou nesta segunda-feira (5) mais seis casos de varíola dos macacos em Campinas. Com a atualização, o município tem agora 65 confirmações da doença. Até o dia 1º, eram 59 infectados desde o início dos registros. A Prefeitura de Campinas ainda não informou os dados dos pacientes.
De acordo com o boletim epidemiológico da pasta estadual, além de Campinas, outras cidades, como Americana e Jaguariúna, tiveram uma confirmação cada. Com isso, a região chegou a 109 casos até agora.
Monte Mor teve a primeira confirmação informada pela pasta estadual, mas se manifestou por nota alegando que o paciente é residente de Campinas. Segundo a secretaria de Saúde do município, “a pessoa em questão é, em verdade, residente na cidade de Campinas, onde está cumprindo a quarentena necessária”.
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