A partir de abril deste ano, a vida da corretora de imóveis Maria Regina Dias do Nascimento Fernandes iria mudar para sempre. Ela descobriu que sua filha foi trocada na maternidade no interior de São Paulo, há 37 anos atrás, e que sua filha biológica estava à sua procura.
Em 1º de dezembro de 1985, aos 19 anos, ela deu à luz a Thaisa. O bebê não tinha pulseira de identificação, mas Maria conta que nunca desconfiou de nada.
Em abril deste ano, no entanto, ela recebeu uma carta da Santa Casa, dizendo que o hospital tinha um assunto urgente para tratar com ela.
Em uma vídeochamada, pois não pôde comparecer pessoalmente, recebeu a notícia de que existia a possibilidade de Thaisa não ser sua filha biológica.
“Ainda bem que foi em ‘zoom’, porque se eu tivesse ido pessoalmente não ia ter condições de sair [de lá]. Eu fiquei paralisada, a sensação que eu tive é que um cometa caiu na minha cabeça”, lembra Maria.
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PROCURA DA FILHA
A filha biológica de Maria Regina, a confeiteira Tatiane Ribeiro descobriu a informação através de um exame de DNA em setembro de 2021.
A partir daí, ela foi ao hospital e começou a procura pela mãe biológica, com base nos registros do hospital.
“Foi muito difícil, doloroso, eu estava grávida, então foi um processo bem difícil… digerir tudo isso. Eu e minha mãe (que a criou), fizemos dois DNAs, porque depois a gente ficou na dúvida, se estava certo aquele resultado. Aí a gente fez outro exame em laboratório e ficou confirmado que ela não era minha mãe biológica”, explica.
NOVA VIDA
Além de receber a notícia sobre a filha biológica, Maria Regina, descobriu que é avó de três crianças, filhos de Tatiane. O encontro de Thaisa e Tatiane foi no Dia das Mães deste ano.
“Eu não desejo para ninguém passar o que estou passando. Eu sei que não perdi ninguém, eu ganhei. É uma mistura de sentimento sabe? Tem dias que tenho raiva, tem dias que tenho compaixão, mas a gente segue, segura na mão de Deus e vai. Só ele para dar força, resiliência e sabedoria para gente lidar com todas essas situações”, conclui.
OUTRO LADO
As famílias disseram que vão processar o Hospital Santa Casa. Procurada, a unidade disse que não iria comentar o caso porque o processo está em segredo de Justiça. (Com informação da EPTV)
