Diretor-geral da OMS (Organização Mundial de Saúde), Tedros Adhanom Ghebreyesus afirmou nesta quarta-feira (29) que a varíola dos macacos não deve ser minimizada, embora o Comitê de Emergência da entidade não tenha aconselhado que ela representa uma emergência de saúde pública de preocupação internacional, em reunião recente. Nesse contexto, ele informou que será convocada “rapidamente” nova reunião desse comitê, para reavaliar o quadro.
Segundo Ghebreyesus, os especialistas do comitê ressaltaram que a natureza emergencial do evento de saúde em torno dessa doença “requer esforços de resposta intensos”.
O diretor-geral também lembrou que o próprio comitê solicitou que uma nova reunião da entidade seja convocada em breve para analisar o quadro da varíola dos macacos, que tem mudado. A declaração foi dada durante entrevista coletiva.
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COVID-19
A autoridade também falou sobre o quadro na covid-19, considerando que a pandemia “melhorou, mas não está acabada”.
A OMS voltou a pedir que ocorra um avanço na vacinação pelo mundo, sobretudo nos países mais pobres, com foco inicial nos grupos de risco, como os profissionais de saúde e os mais idosos
CASOS NA REGIÃO
Segundo a Saúde, o morador esteve também em viagem para Europa, por isso foi considerado um caso importado. Este foi o terceiro caso confirmado na região de Campinas, o sétimo no Estado de SP e o 11º no país.
JÁ EM ISOLAMENTO
O paciente de 38 anos já estava em isolamento devido ao contato com o primeiro caso da doença e em acompanhamento diário, e relatou ao Departamento de Vigilância Epidemiológica da secretaria de Saúde de Indaiatuba aparecimento de lesões no início da tarde de ontem. O exame e foi colhido e a confirmação chegou na noite da mesma data.
A DOENÇA
A Monkeypox é uma doença viral transmitida por contato próximo ou íntimo com pessoa infectada, com lesões de pele ou ainda por contato com objetos e tecidos utilizados por infectados. Não há tratamento específico, mas de forma geral, os quadros clínicos são leves e requerem cuidado e observação das lesões.
SINTOMAS
Os primeiros sintomas podem ser febre, dor de cabeça, dores musculares e nas costas, linfonodos inchados, calafrios ou cansaço. De 1 a 3 dias após o início desses sintomas, as pessoas desenvolvem lesões de pele que podem estar localizadas em mãos, boca, pés, peito, rosto e ou regiões genitais.
PREVENÇÃO
– Evitar contato próximo/íntimo com a pessoa doente até que todas as feridas tenham cicatrizado;
– Evitar o contato com qualquer material, como roupas de cama, que tenha sido utilizado pela pessoa doente;
– Higienização das mãos, lavando-as com água e sabão e/ou uso de álcool gel.
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