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Brasil e MundoSenado votará projeto que permite realocar recurso para bancar piso da enfermagem

Senado votará projeto que permite realocar recurso para bancar piso da enfermagem

Projeto deve ser analisado na próxima semana; após passar no Senado, proposta terá que ser aprovada na Câmara dos Deputados

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Congresso busca saídas para o piso salarial de enfermagem. (Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil) 
Congresso busca saídas para o piso salarial de enfermagem. (Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil) 

 

O senador Marcelo Castro (MDB-PI), relator-geral do Orçamento de 2023, afirmou nesta terça-feira, que o Senado deve votar, na próxima semana, um projeto que permite que recursos recebidos por Estados e Municípios para o combate à covid-19 sejam realocados para outras áreas da Saúde. Essa é uma das medidas encontradas para assegurar o piso salarial nacional da enfermagem.

Ainda não há data para o projeto ser votado no Senado e, caso seja aprovado, ainda precisaria do aval dos deputados, mas não há previsão de nenhuma sessão na Câmara antes do primeiro turno das eleições. A declaração de Castro ocorreu depois de um encontro com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que tem buscado nas últimas duas semanas formas de garantir o piso da enfermagem, suspenso por uma decisão liminar do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), no início de setembro, confirmada pelo plenário virtual na quinta-feira (15).

 

 

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A lei que estabeleceu o piso salarial dos profissionais de enfermagem entre R$ 2.375 e R$ 4.750 foi sancionada pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, no início de agosto, mas, ao aprová-la, o Congresso não indicou fontes de recurso para os gastos extras, especialmente de Estados e municípios. 

Ao suspender a lei, Barroso se ancorou justamente neste fato e alegou risco à empregabilidade e possibilidade de fechamento de leitos. Agora, os parlamentares correm para buscar as fontes de recursos. Não há estudos definitivos sobre o impacto orçamentário de equiparar o piso salarial da categoria. Durante a tramitação na Câmara, porém, chegou-se a falar em cerca de R$ 16 bilhões.

Segundo Castro, no caso das instituições privadas, a solução deve vir da desoneração da folha de pagamento, como vem sendo defendido pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. O senador disse ainda que o Congresso deve analisar, mas só após a eleição, propostas sobre a atualização do valor do patrimônio e da repatriação de recursos no exterior.

O relator do Orçamento voltou a comentar sobre a possibilidade de alocar o valor do piso nas emendas, conforme já havia mencionado na segunda-feira. Contudo, deixou claro que isso ainda é “uma ideia muito preliminar e está em estudo”. “Vamos nos aprofundar com a consultoria do Senado.” (Com informações da Agência Estado)

 

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