Em uma nota técnica publicada na tarde desta quinta-feira (12), o Comitê Municipal de Enfrentamento da Pandemia de Campinas manteve a decisão da utilização de máscaras em locais fechados nas escolas da cidade.
De acordo com a Prefeitura, o grupo tomou esta decisão “com base na alta ocupação de leitos neonatais e pediátricos”, na dificuldade em ampliar as estruturas e “na baixa cobertura vacinal contra a covid-19”.
Ainda de acordo com o município, a baixa exposição das crianças aos vírus respiratórios durante a pandemia, que deixou suscetíveis mais pessoas desta faixa etária, também foi citada pelos especialistas.
“Outro argumento utilizado foi que a frequência nas escolas é obrigatória, enquanto festas e shoppings, por exemplo, são facultativas e decididas pelas famílias das crianças”, completou o comunicado.
No texto sobre a definição do comitê, a Administração também alega que todas as decisões “são reavaliadas diariamente” e que qualquer mudança será decidida “com base no controle da situação epidemiológica”.
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PROJETO DE LEI
O parecer do comitê ocorre três dias depois da aprovação na Câmara Municipal do PL (Projeto de Lei) que torna facultativa a utilização da proteção em todos os ambientes escolares. O texto ainda aguarda sanção.
Na sessão do último dia 9, no entanto, os vereadores também aprovaram uma emenda que determina que o uso será facultativo apenas para crianças com o ciclo vacinal completo.
Com isso, conforme o texto complementar, a utilização da proteção facial segue obrigatória para crianças que ainda não tomaram as duas doses ou a dose única do imunizante contra a covid-19.
OUTROS LOCAIS
Em março, a Prefeitura de Campinas publicou o decreto que retirou a obrigatoriedade do uso de máscaras de proteção contra a covid-19 em ambientes fechados. Apesar da liberação, em escolas dos ensinos infantil, fundamental e médio o uso segue obrigatório, devido à baixa adesão vacinal.
Na época, a vacinação infantil estava abaixo do esperado, e atualmente a cobertura também é aquém do ideal. Segundo o último boletim epidemiológico, divulgado na semana passada, apenas 56,3% das crianças com idade entre 5 e 11 anos recebeu a primeira dose da vacina.
SITUAÇÃO DOS LEITOS
A pasta detalhou ainda a taxa de utilização das outras redes. No SUS Estadual, 90% da estrutura está ocupada. O índice de uso era o mesmo ontem. Nos hospitais privados, a taxa é de 86,6%. Nesta terça, a ocupação era de 86,5%.
Somando todas as unidades da cidade, dos 99 leitos de UTI Infantil, 91 estão em uso, o que corresponde a 91,9%. Há oito leitos livres. Entre os 91 pacientes internados, 60 estão com SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave).
Os leitos de UTI infantil estão disponibilizados da seguinte maneira:
SUS Municipal- 34 leitos; todos estão ocupados, o que equivale a 100% de ocupação. Não há leitos disponíveis.
SUS Estadual – 20 leitos, dos quais 18 estão ocupados, o que equivale a 90% de ocupação. Há 2 leitos livres.
Particular – 45 leitos, dos quais 39 estão ocupados, o que equivale a 86,6% de ocupação. Há 6 leitos disponíveis.
ENFERMARIA INFANTIL
Campinas divulgou também que a fila de espera por leitos e enfermaria tem hoje 26 crianças, uma a mais em relação a ontem.
A cidade disse que há 59 crianças internadas em enfermarias do SUS Municipal e que as 26 esperam por vaga prontos-socorros.