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CotidianoVoluntários da Unicamp analisaram risco de queda de árvores do Bosque dos Jequitibás, em Campinas

Voluntários da Unicamp analisaram risco de queda de árvores do Bosque dos Jequitibás, em Campinas

Ao todo, foram vistoriadas 27 árvores neste sábado (25); Condepacc aprovou retirada de 108 árvores

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Vistoria foi realizada em árvores do Bosque dos Jequitibás (Foto: José Hamilton de Aguirre Junior)
Vistoria foi realizada em árvores do Bosque dos Jequitibás (Foto: José Hamilton de Aguirre Junior)

As árvores do Bosque dos Jequitibás passaram por uma vistoria neste sábado (25), em Campinas, para verificar se elas têm condições de permanecerem no local ou se precisam ser retiradas por riscos de queda. A ação acontece após o anúncio da retirada de 108 árvores da área de lazer – veja mais detalhes abaixo.

A vistoria está sendo realizada por professores, alunos e parceiros da Unicamp, que são voluntários do serviço do Comdema (Conselho Municipal de Meio Ambiente), que é a comissão especial de estudos de arborização urbana da Câmara Municipal de Campinas.

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Os exames que foram feitos na parte interna das árvores são feitos para para garantir se a estrutura tem condições de se manter ou se apresenta algum tipo de risco. De acordo com a professora da Faculdade de Engenharia Agrícola da Unicamp, a vistoria não terminou hoje, pois é um trabalho minucioso. Até o momento, 27 árvores do Bosque dos Jequitibás foram examinadas.

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Durante a semana, os voluntários vão precisar voltar para dar continuidade no trabalho. Ainda segundo a responsável pela vistoria, a Prefeitura encaminhou um laudo para a comissão, informando quais árvores que estão saudáveis e quais não estão. Nesta vistoria, eles verificam árvore por árvore pra ver se bate com o laudo da Administração.

APROVAÇÃO DO CONDEPACC

O Condepacc (Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Campinas) aprovou, por maioria, a solicitação da secretaria de Serviços Públicos para a retirada de 108 árvores da área interna do Bosque dos Jequitibás, em Campinas. Segundo a pasta, haverá intervenção somente em uma pequena parcela da reserva natural local. O parque segue fechado sem data definida para sua reabertura.

“O Condepacc, ao apreciar o pedido da Secretaria de Serviços Públicos, considera a preservação do maciço arbóreo enquanto paisagem cultural. A decisão está prevista para ser publicada no Diário Oficial do Município, na próxima semana”, informou em nota a Prefeitura.

De acordo com a Administração, as 108 árvores estão localizadas na parte interna do bosque e apresentam situações de risco à segurança e à integridade da vida das pessoas, sobretudo de frequentadores do parque. Segundo laudo técnico, foi identificada a presença de risco de queda de árvores em edificações existentes no local, incluindo prédios históricos tombados.

Apesar de definir pela extração a Prefeitura ainda não definiu uma data para iniciar os trabalhos de retiradas das árvores no local. A Administração informou que isso vai ocorrer apenas após a permissão de todos os órgãos responsáveis. A expectativa inicial do secretário de Serviços Públicos, Ernesto Paulela, era de começar os trabalhos no último dia 20 com previsão de reabertura do Bosque no mês de abril. Agora, a Prefeitura evita falar em prazo.

No dia 28 de dezembro, uma árvore de grande porte caiu sobre a Rua General Marcondes Salgado, na região do Bosque dos Jequitibás, e causou a morte de um motorista que passava pelo local. Ele foi atingido por uma figueira branca de 35 metros. Semanas depois, uma ocorrência semelhante aconteceu na Lagoa do Taquaral, onde uma menina de 7 anos morreu e uma jovem de 24 ficou ferida.

NOTA DE REPÚDIO

A Comissão Especial de Estudos de Arborização Urbana da Câmara Municipal de Campinas emitiu nota de repúdio pela decisão tomada pelo Condepacc.

“A Comissão, através de sua equipe técnica de engenheiros agrônomos, florestais e biólogos, executou vistoria no Bosque nesta semana e ainda fará uma nova vistoria no sábado, dia 25 para conclusão de laudo técnico, pois foi detectado inconsistências técnicas e legais na elaboração e apresentação do laudo realizado pela Secretaria de Serviços Públicos”, informa a nota.

A comissão é formada por três vereadores e afirma que em nota que “estão ocorrendo em Campinas supressões generalizadas de árvores e tomada de decisões sem o devido atendimento à legislação e as melhores técnicas de análise dos espécies arbóreos, o que compromete o patrimônio ambiental e a qualidade de vida da população campineira”.

A comissão afirma que solicitou a continuidade de fechamento do Bosque dos Jequitibás, até que laudo conjunto da equipe com representantes técnicos seja emitido, assim como a realização de tomografia ultrasonica e exame resistografico, de maneira voluntária e sem custo ao erário municipal, pela equipe do Laboratório de Ensaios não Destrutivos, linha de pesquisa de inspeção de árvores, da Faculdade de Engenharia Agrícola da Unicamp.

“Estes métodos analíticos são decisivos e conclusivos para a tomada de decisão de supressão ou não, de alguns dos exemplares arbóreos existentes no local. Outros indivíduos arbóreos analisados durante a primeira vistoria, serão checados para se verificar a possibilidade de preservação/manutenção, através da realização de medidas de manejo e de adaptação ao local”, completou a nota.

Vista aérea do Bosque dos Jequitibás, em Campinas (Foto: Reprodução/EPTV)
Vista aérea do Bosque dos Jequitibás, em Campinas (Foto: Reprodução/EPTV)

LAUDO TÉCNICO

Um laudo oficial concluído após a análise da vegetação do Bosque dos Jequitibás, em Campinas, apontou a necessidade de extração de 108 árvores por “declividade acentuada” e ou “estado fitossanitário comprometido”. O documento conclui que a condição dos “indivíduos arbóreos” avaliados “traz riscos à sociedade”.

“Nos dias 2 e 3 de março de 2023, observamos um total de 108 indivíduos arbóreos para extração devido à declividade acentuada em direção às ruas e prédios e/ou devido ao seu estado fitossanitário comprometido que traz riscos à sociedade”, argumenta um dos trechos do trabalho, realizado por engenheiros florestais e biólogos do DPJ (Departamento de Parques e Jardins).

Em outra parte do laudo, a secretaria de Serviços Públicos de Campinas, responsável pelo levantamento, aponta que outras árvores cresceram “em desconformidade” e podem ser corrigidas através de podas. “Observou-se que grande parte está com crescimento caracterizado pelo fototropismo. Esta característica faz com que busquem luminosidade”, explica o texto.

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