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CotidianoAlta dos combustíveis nas distribuidoras assusta donos de postos na região de Campinas

Alta dos combustíveis nas distribuidoras assusta donos de postos na região de Campinas

Sindicato diz que distribuidoras estão cobrando acima da reoneração anunciada pelo Governo Federal; veja os valores

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Gasolina ficou mais cara nas distribuidoras e revoltou postos de combustíveis de Campinas (Foto: Denny Cesare/Código19)
Gasolina ficou mais cara nas distribuidoras e revoltou postos de combustíveis de Campinas (Foto: Denny Cesare/Código19)

 

No primeiro dia de validade da reoneração dos tributos federais dos combustíveis em todo o Brasil, o presidente do Recap (Sindicato dos Postos de Combustíveis de Campinas e Região), Emílio Martins, criticou o preço cobrado pelas distribuidoras. Os reajustes, segundo ele, variaram de R$ 0,40 a R$ 0,65 e se somam aos aumentos praticados na semana anterior ao fim da desoneração.

“A revenda acordou assustada com o comportamento das distribuidoras. Os impactos nos postos correspondem a mais do que o dobro do que os efetivos impactos causados pelas medidas. E está no Diário Oficial, no qual o governo mostra os verdadeiros impactos. As distribuidoras ignoraram isso”, reclamou ele, que espera que os ajustes sejam revistos e considera tomar “medidas cabíveis”.

Ainda de acordo com Martins, muitos postos de combustíveis de Campinas e de outras 89 cidades abrangidas pela entidade chegaram a pagar R$ 0,40 a mais no etanol e R$ 0,65 na gasolina nesta quarta-feira (1º). O problema, segundo ele, é que alguns aumentos já haviam sido aplicados pelas distribuidoras na semana passada, antes mesmo da confirmação oficial do fim da desoneração.

Em entrevista à EPTV Campinas, nesta terça-feira (28), o presidente do Recap calculou que a retirada dos impostos federais custava R$ 0,70 na gasolina e cerca de R$ 0,25 no etanol. Na noite de ontem, porém, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, detalhou em entrevista que a reoneração dos tributos da gasolina em todo o País seria de R$ 0,47. Já o do etanol, seria de R$ 0,02.

 

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A REONERAÇÃO

Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, os aumentos causados pela reoneração mantêm o diferencial das alíquotas entre os dois combustíveis vigentes em 15 de maio de 2021, como previa a lei que garantiu a zeragem dos impostos no ano passado. O anúncio oficial foi feito na noite desta terça.

Segundo Haddad, a decisão sobre a reoneração dos tributos federais sobre os combustíveis foi tomada um dia antes de o prazo expirar porque o governo estava esperando a informação da Petrobras sobre os preços de gasolina e diesel que vão vigorar no mês de março. Hoje, a estatal anunciou redução de R$ 0,13 do preço da gasolina nas refinarias e de R$ 0,08 do diesel.

“Com a redução da Petrobras, o saldo líquido para a gasolina é de R$ 0,34”, disse, completando que a expectativa era de queda maior. “Lembrando que não está se discutindo a política de preços da Petrobras”, afirmou, comentando que o comitê de preços da petroleira considerou as políticas de preços da empresa.

Ao iniciar a coletiva de imprensa, o ministro afirmou que a medida de reoneração foi uma decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Haddad ainda afirmou que a medida anunciada hoje faz parte do esforço realizado desde a fase de transição do governo para recompor o Orçamento público do ponto de vista das receitas e despesas.

“A PEC da Transição foi aprovada justamente para que os compromissos de campanha”, disse, citando a isenção do Imposto de Renda Pessoa Física para quem ganha até dois salários mínimos e o aumento do Bolsa Família.

“Receitas foram prejudicadas por um governo que visava reverter um quadro desfavorável, com medidas demagógicas de última hora, que prejudicaram muito o fiscal de 2023.”

O ministro ainda comentou que a prorrogação da desoneração nos primeiros dias de governo deveu-se a uma cautela do governo diante de rumores sobre golpe de Estado. “Lula decidiu prorrogar desoneração até 28 de fevereiro, justamente porque havia rumores de um golpe de Estado, o que nos fizeram ter cautela para que as pessoas não fazerem o que fizeram em 8 de janeiro”, disse, completando que o governo também queria esperar a posse do novo presidente da Petrobras, Jean Paul Prates.

 

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