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CotidianoApós intoxicações em creches de Campinas, Anvisa proíbe lote de atum embalado

Após intoxicações em creches de Campinas, Anvisa proíbe lote de atum embalado

A medida ocorreu após um relato do Centro de Vigilância Sanitária de São Paulo sobre a ocorrência de surto em CEIs de Campinas

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A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) proibiu a comercialização, a distribuição e o uso do atum ralado em óleo comestível com caldo vegetal, fabricado pela Cellier Alimentos. A proibição é de um lote específico do alimento fabricado em 8 de maio deste ano e com validade até 8 de maio de 2025. Também foi determinado o recolhimento do produto do mercado.

A medida ocorreu após um relato do CVS-SP (Centro de Vigilância Sanitária de São Paulo) sobre a ocorrência de surto em Centros de Educação Infantil (CEIs) de Campinas, no final do mês passado. Após o consumo do alimento, 60 crianças e dois funcionários das unidades tiveram sintomas compatíveis com intoxicação alimentar por histamina. O problema ocorreu em nove creches da cidade.

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Segundo a Anvisa, as intoxicações foram causadas pelo consumo da histamina, uma substância que pode se formar após a morte de pescados. A contaminação do produto com valores acima dos limites tolerados pela legislação sanitária foi confirmada por um exame laboratorial realizado pelo Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital).


Por meio de nota Prefeitura de Campinas informou que todas as crianças que tiveram intoxicação apresentaram vermelhidão, além de coceira no rosto e no pescoço. Ainda entre as crianças, sete apresentaram diarreia.


A Administração também informou que a Cellier está produzindo uma contra prova do laudo de análise do alimento. Após o resultado a Prefeitura deve decidir quais providências serão tomadas em relação à empresa.


“Todos os fornecedores de produtos que compõem a alimentação escolar são escolhidos por meio de licitação, que levam em conta uma série de critérios, entre eles a qualidade do alimento ofertado”, informou, em nota.

O que é histamina?

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A histamina é uma substância que pode se formar após a morte de pescados, quando as condições de manuseio e armazenamento do pescado são inadequadas.

Essa substância não é eliminada com o tratamento térmico do pescado (por exemplo, cozimento, esterilização comercial, defumação) durante a fabricação do produto final (como atum embalado). Além disso, os peixes podem conter níveis tóxicos de histamina sem apresentar sinais como mau cheiro, alteração na consistência ou na coloração.

O consumo de alimento contaminado por histamina pode causar dormência, formigamento e sensação de queimação na boca, erupções cutâneas no tronco superior, queda de pressão, dor de cabeça, coceira na pele, podendo evoluir para náusea, vômito e diarreia. A doença geralmente é leve e os sintomas desaparecem em poucas horas. Idosos e pessoas com problemas de saúde, porém, podem ter sintomas mais graves.

Cellier Alimentos


Em nota a empresa Cellier Alimentos informou que já adotou medidas corretivas para que o problema não mais ocorra. A nota ainda ressaltou que o problema se restringiu a um único e exclusivo lote dentre oito produzidos no mesmo dia. A empresa disse que já recolheu todos os lotes produzidos neste dia (08/05/23). Todos os laudos de análise de esterilidade comercial e de teor de histamina destes lotes indicaram resultados conformes.

A empresa ainda ressaltou que atua no mercado há 32 anos e possui sistemas de controle rigorosos, auditados pelas principais empresas do setor, incluindo certificação pelo BRC (British Retail Consortium).


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Luciana Félix
Luciana Félixhttps://www.acidadeon.com/campinas/
Supervisora de conteúdo digital do acidade on e do Tudo EP. Entrou no Grupo EP em 2017 como repórter do acidade on Campinas, onde também foi editora da praça. Antes atuou como repórter e editora do jornal Correio Popular e do site do Grupo RAC. Também atuou como repórter da Revista Veja, em São Paulo.
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