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CotidianoAtaques de cães: meninos de 7 a 14 anos são as principais vítimas, em Campinas

Ataques de cães: meninos de 7 a 14 anos são as principais vítimas, em Campinas

O estudo analisou 1.012 casos atendidos na Unidade de Emergência Referenciada Infantil do HC

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Uma pesquisa da Unicamp mostrou que os meninos de 7 a 14 anos são as principais vítimas de ataques com cães, em Campinas. O estudo analisou 1.012 casos atendidos na Unidade de Emergência Referenciada Infantil do HC (Hospital de Clínicas), no período de janeiro de 2010 a dezembro de 2019.

Os dados foram computados pela médica pediatra Michelle Marchi de Medeiros, e abrangem crianças de 0 a 14 anos. Todas as informações incluídas no estudo foram coletadas das fichas de atendimento do CIATox (Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Campinas), responsável pela aplicação dos imunobiológicos antirrábicos nas vítimas de mordeduras de cães.

De acordo com a pesquisa, crianças do sexo masculino foram mais acometidas que as do sexo feminino, com percentual de 65,2%. Além disso, as lesões ocorreram mais na faixa etária de 7 a 14 anos, com 498 pacientes e percentual de 49,2%. Veja os detalhes por faixa etária abaixo:

– Crianças de 7 a 14 anos: 498 pacientes (49,2%)

– Crianças de 4 a 6 anos: 268 pacientes (26,5%)

– Crianças de 0 a 3 anos: 246 pacientes (24,3%)

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“Verificamos que as crianças mais novas sofrem mais lesões localizadas na cabeça e pescoço, provocadas em acidentes que ocorrem com cães de contato habitual, dentro da própria casa, por causa provocada, dependente da interação da criança com o animal.  À medida que a idade aumenta cresce o número de lesões localizadas em membros superiores e inferiores, como braços e pernas, em ataques de causa acidental, em ambientes externos”, diz Michelle.

Em maio deste ano, uma criança de 10 anos perdeu a orelha ao ser atacada pelo cachorro do vizinho, em Nova Odessa. Segundo a família, a criança sofreu várias mordidas no rosto de um pit bull. A vítima ficou 24 dias internada no HC da Unicamp, tendo alta em 31 de maio.

Ferimentos na cabeça

O estudo ainda apontou que a maioria dos ferimentos estava localizada na cabeça ou pescoço, sendo seguidas por lesões em membros superiores, membros inferiores, tronco e mucosas.

As lesões em cabeça e pescoço foram registradas em crianças mais jovens. Já as lesões em membros superiores e inferiores foram mais descritas na faixa etária de 7 a 14 anos. Na faixa etária de 4 a 6 anos, os ferimentos na cabeça e pescoço foram descritos em 47,4% casos e, na faixa de 7 a 14 anos, em 20,1% casos.

Os ataques

A pesquisa também mostrou que a causa da maior parte dos ataques dos cães foi acidental em todas as faixas etárias. A raça do cão estava descrita em quase metade das fichas de atendimento. Nestes casos, os animais sem raça-definida foram os mais comuns, seguidos pela raça Pit Bull, Pastor Alemão e Poodle.

A maioria dos acidentes ocorreu em ambiente externo. Em 31,5% casos, os ataques aconteceram na casa da criança.

“Esta é uma das únicas pesquisas que avalia as diferenças entre os acidentes com cães em diversas faixas etárias em pediatria no Brasil. Sem dúvida, ocorrem muitas mordeduras de cães que não chegam às unidades de emergência dos hospitais terciários. As crianças maiores sofrem mais ferimentos por cães não-passíveis de observação. Isso implica na necessidade de uso de imunobiológicos para prevenção da raiva, gerando custos aos serviços de saúde de Campinas”, alerta a pesquisadora.

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