Um levantamento da Prefeitura de Campinas aponta que, em média, quatro servidores foram afastados diariamente por problemas de saúde mental entre os meses de janeiro e julho deste ano. Ao todo, a cidade possui 15.578 trabalhadores públicos. Deste total, 853 foram afastados em 2023, o que representa 5,48% do efetivo.
A administração listou os motivos mais comuns para o afastamento por problemas de saúde mental, sendo eles:
- reações ao estresse grave e transtornos de adaptação
- reação aguda ao estresse
- estado de estresse pós-traumático
- transtornos de adaptação
- reação não especificada a um estresse grave
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Ainda de acordo com o levantamento, o percentual de afastamentos vem crescendo nos últimos anos. Em 2020, foram 863 afastamentos. No ano passado, o total saltou para 1.192 ocorrências. Até o dia 21 de julho, 853 servidores já haviam solicitado a licença.
- 2020: 863 servidores (percentual de 5,74%)
- 2021: 1.130 servidores (percentual de 7,59%)
- 2022: 1.192 servidores (percentual de 7,85%)
- 2023 (até 21 de julho): 853 servidores (percentual de 5,48%)
ÁREAS COM MAIS CASOS
O balanço da Administração ainda mostra que 40% dos profissionais que se afastaram com problemas de saúde mental são da área de saúde do município e 32% são vinculados à Secretaria Municipal de Educação. Confira os detalhes abaixo:
- Área da Saúde: 339 afastamentos (40%)
- Área da Educação: 275 afastamentos (32%)
- Área da Segurança Pública: 45 afastamentos (5%)
PROGRAMA DE ASSISTÊNCIA
Devido ao aumento no número de casos, a Prefeitura de Campinas lançou nesta terça-feira (25) um programa de atenção à saúde psicossocial para servidores. A iniciativa propõe até a intervenção em ambientes de trabalho, além de uma parceria para o encaminhamento dos servidores afastados.
“A proposta é de prevenção, proteção, promoção e suporte ao servidor. Essas atividades serão feitas com o gestor e com o próprio servidor. E como a gente vai fazer isso? Através de capacitações, treinamentos e orientações tanto ao servidor quanto ao gestor, e a intervenção no ambiente de trabalho, quando necessário”, afirma o diretor do Departamento de Saúde do Servidor, Gustavo de Freitas Correa.
As ações do programa incluem acompanhamento terapêutico, diagnóstico situacional, criação de grupos e oficinas nos locais de trabalho com discussões sobre saúde, avaliações ocupacionais, visitas aos locais de trabalho e discussão com os gestores, parceria com os serviços municipais e parceiros, entre outros.
O programa também prevê uma parceria entre a Administração e uma faculdade para encaminhamento de profissionais afastados. “Caso ele não tenha acompanhamento externo com terapeuta, ele será encaminhado para essa faculdade para ter acompanhamento psicológico”, explica o diretor.
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