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CotidianoCampinas concentra 70% das árvores em bairros nobres; veja os pontos

Campinas concentra 70% das árvores em bairros nobres; veja os pontos

Levantamento da pasta de Serviços Públicos de Campinas mostra desequilíbrio na distribuição das 800 mil árvores da cidade

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Os bairros mais nobres e próximos da região central de Campinas concentram 560 mil das 800 mil árvores, o que corresponde a 70% do total existente atualmente na cidade. Os outros 30% estão espalhados por uma área maior e que abrange bairros e distritos populosos, como Ouro Verde e Campo Grande.

O levantamento é da secretaria de Serviços Públicos de Campinas, que reconhece o desequilíbrio na distribuição das árvores e afirma que o ideal é que a arborização fosse igualitária pelo município. O responsável pela pasta, Ernesto Paulella, explica medidas que podem corrigir o problema (leia mais abaixo).

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Entre os locais e bairros com mais árvores estão Taquaral, Guanabara, Bosque, Chapadão e Nova Campinas. Já entre os lugares com menor concentração de vegetação estão o Campo Belo e os distritos do Ouro Verde e do Campo Grande, regiões mais populosas da cidade. Veja a diferença dos números e compare:

Bairros centrais: cerca de 560 mil árvores

Bairros e distritos distantes: 240 mil árvores

Total em Campinas: cerca de 800 mil árvores

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O que dizem os moradores?

No Jardim São Pedro de Viracopos, no Ouro Verde, o almoxarife Marshall de Oliveira reclama que a região cresceu rápido, mas que a estruturação das ruas e calçadas não incluiu a arborização. “Eu mudei pra cá em 1999 e era bem mais arborizado. E agora a gente está com pouca árvore aqui. Tudo o que foi retirado não foi reposto. Por isso plantei dentro de casa e ajuda a amenizar o calor”, diz.

Na Vila Lafayette Álvaro, próximo à Rodovia D. Pedro I (SP-065), o quarteirão onde a dona de casa Sonia Ribeiro vive não tem uma árvore sequer. Ela conta o local tinha uma árvore de grande porte que precisou ser removida porque a raiz colou uma das cassa em risco. Na residência onde vive, porém, ela plantou algumas espécies. “Plantei abacateiro, bambuzal e pé de café”, argumenta ela.  

No Jardim Flamboyant, o aposentado Armando Manoel Filho viu quando as equipes da Administração Municipal fizeram o plantio na calçada de uma escola. As mudas, porém, foram alvos de vandalismo e não conseguiram crescer. “É difícil cuidar, principalmente à noite. Vieram e tiraram tudo”, reclama ele.

Como solucionar?

Não existem regras estaduais ou federais que regulem a quantidade de árvores para cada cidade. O secretário de Serviços Públicos, porém, Ernesto Paulella participou da criação do guia de arborização de Campinas e explica as normas municipais. “A cada 10 metros, temos uma árvore plantada. Essa é uma meta a ser perseguida. Isso já existe em muitos bairros. Em outros, não”, alega ele.

O responsável pela pasta também diz que os bairros menos arborizados do município vão receber 5 mil novas mudas para calçadas até o fim do ano. “Existe uma preocupação. O técnico vai bater na porta e entregar um folheto mostrando a importância da árvore e 80% das pessoas aderem. Nós temos 150 mil mudas de árvores nativas no viveiro da Prefeitura para esse fim”, finaliza o secretário.

Além de defender que os moradores contribuam para a manutenção da arborização adequada por regiões mais afastadas, a Prefeitura de Campinas explicou também que, entre as justificativas para a remoção de árvores em alguns locais, estão o risco de queda, danos na rede elétrica e a falta de segurança, já que as árvores escurem as ruas.

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Leandro Las Casas
Leandro Las Casas
Graduado pela PUC-Campinas desde 2011, atua há 14 anos no Jornalismo, área na qual cobriu sete eleições, participou de grandes coberturas e esteve a frente de podcasts e projetos de assessoria. Começou a carreira na rádio CBN Campinas, onde foi estagiário, repórter e apresentador. No acidade on Campinas, assina matérias e reportagens de todas as editorias desde 2021.
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