O decreto de emergência para dengue emitido ontem (5) pelo governo do estado de São Paulo será discutido na manhã de hoje (6) pela secretaria de Saúde de Campinas. Assim como as demais secretarias municipais paulistas, Campinas tem autonomia para decretar seu próprio estado de emergência, aderindo ou rejeitando as diretrizes da Secretaria de Saúde estadual.
A reunião está marcada para às 10h30 entre os gestores do DS (Departamento de Saúde) e do Devisa (Departamento de Vigilância em Saúde), que irão definir os próximos passos das políticas de enfrentamento à epidemia de dengue na cidade.
“Nos temos pareamentos técnicos bem estabelecidos que tem a ver com a situação epidemiológica e a capacidade de resposta da assistência em saúde. Esses são os parâmetros. Então a gente está dia a dia avaliando. Se a gente ver que tem necessidade, não vamos nos furtar a declarar emergência”, afirmou Andrea Von Zuben diretora do Departamento de Vigilância em Saúde de Campinas.
Campinas atingiu nesta quarta-feira o total de 13.842 mil casos de dengue na cidade.
Mas, o que propõe o decreto estadual de dengue?
O plano de emergência permitirá ao Palácio dos Bandeirantes enviar aos municípios recursos com mais agilidade para combater a dengue. A verba será destinada prioritariamente para aquisição de máquinas de nebulização e insumos, além da contratação e capacitação de agentes de saúde.
“O plano foi construído de maneira técnica e seguindo critérios epidemiológicos, sempre se baseando na ciência. Ele nos norteará em ações dos principais eixos envolvidos no controle das arboviroses: vigilâncias epidemiológica, laboratorial e sanitária, controle vetorial, a assistência à saúde, educação/comunicação e mobilização social, para os diversos cenários de transmissão, tanto municipal, quanto regional e estadual”, afirmou a coordenadora em saúde Regiane de Paula, da CCD (Coordenadoria de Controle de Doenças).
E por que ele foi decretado?
O governo estadual, por meio da Secretaria de Estado da Saúde, anunciou o decreto de emergência ontem porque o COE (Centro de Operações de Emergências) recomendou a medida. A recomendação foi feita porque São Paulo atingiu a porcentagem de 300 casos confirmados da doença a cada 100 mil habitantes. Dados atualizados até 4 de março apontam que 131 municípios paulistas registraram mais de 300 casos por 100 mil habitantes. Destes 131, 22 decretaram emergência.
“No Estado como um todo nos já atingimos os dados de uma epidemia como um todo que é o de 311 casos por 100 mil habitantes. Aqui na região de Campinas, nos temos municípios atingindo já mais de 1 mil casos para cada 100 mil habitantes. Nos temos Campinas com 1.095 casos por 100 mil habitantes, Jaguariúna com 1.142 casos por 100 mil habitantes e Valinhos com mais de 700 casos por 100 mil habitantes”, afirmou Priscilla Perdicaris secretária de Saúde em exércicio no Estado. “Agora os municípios precisam fazer seu próprio decreto de emergência”, disse.
Situação de alerta em Campinas
Ainda segundo a secretaria Municipal de Saúde, agora entramos em um momento mais crítico para novos casos da doença já que as temperaturas ficam entre 25ºC e 30ºC, com maior volume de chuvas, que é mais propício para as larvas do mosquito.
Ainda segundo os dados, no período de março e maio é quando são registrados 80% dos casos da doença. “A fêmea fica mais ativa. Ela bota mais ovos em mais criadouros e ela pica mais gente. Então toda essa combinação faz um aumento da transmissão da dengue. Então, independente se vai parar de chover, nem é a chuva tão importante. O importante é não ter água parada no pratinho, na caixa de água, no vaso. Isso é o mais importante porque a temperatura já está colaborando bastante”, afirmou Andrea.
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