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CotidianoEstado de SP decreta estado de emergência para dengue após 31 mortes no ano

Estado de SP decreta estado de emergência para dengue após 31 mortes no ano

O governo do Estado de São Paulo decretou, na manhã desta terça-feira (5), estado de emergência para a dengue, após o registro de 31 mortes pelo agravamento da doença

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O governo do Estado de São Paulo decretou, na manhã desta terça-feira (5), estado de emergência para a dengue. A decisão foi tomada pelo COE (Centro de Operações de Emergências), grupo da Secretaria Estadual da Saúde, e oficializada em uma entrevista coletiva pela manhã. Segundo o Centro, a medida acontece após São Paulo atingir 300 casos confirmados da doença para cada grupo de 100 mil habitantes nos últimos dias.

Até ontem, o Estado de SP já registrava 31 mortes causadas pela dengue, segundo dados divulgados pelo painel de controle da doença da SES (Secretaria Estadual de Saúde). As mortes confirmadas foram registradas em 21 municípios entre 1º de janeiro e 4 de março. Uma delas ocorreu em Campinas e outra em Limeira. Ainda de acordo com a pasta, outros 122 óbitos ainda seguem em investigação. Os casos chegaram a 138.259, sendo 169 considerados grave.

Vale destacar que ontem, os casos de dengue em Campinas ultrapassaram a quantidade total registrada durante o ano de 2023. A cidade já acumula 12.487 registros de moradores com a doença, superando os 11.504 casos registrados nos 12 meses do ano passado (leia mais aqui).

“A gente trabalhou com os dados do painel de monitoramento: 311 casos por 100 mil habitantes. A gente está em epidemia, segundo o que a OMS (Organização Mundial da Saúde) determina dos casos confirmados”, afirmou Regiane de Paula, coordenadora de Controle de Doenças do Estado de São Paulo.


O que muda com o decreto de estado de emergência para dengue?

O decreto permitirá que Estado e municípios implementem ações com maior agilidade e, também, possa receber recursos adicionais do governo federal. Cada município, a partir da análise de seu cenário epidemiológico, poderá utilizar a medida estadual para decretar emergência em âmbito local.

“O que muda agora com decreto de estado de emergência para dengue é que a gente pode ter um pouco mais de agilidade para adquirir insumos, contratar pessoas, aumentar a nossa rede de atenção. E os municípios podem usar o nosso decreto como justificativa para decretar estado de emergência também nos seus municípios. Isso vai agilizar, no caso dos municípios, a licitação para a compra de eventuais insumos”, afirmou.


Ainda de acordo com o COE, o decreto ainda prevê uma liberação de recurso do governo federal, tanto para o estado quanto aos municípios.

“É um recurso limitado, não temos nem a estimativa do valor global ainda. Mas qualquer recurso ajuda”, enfatizou.

Situação da dengue em Campinas

Uma projeção da secretaria de Saúde ainda indica que a dengue em Campinas deve ter pico em abril e chegar aos 100 mil infectados. Se a estimativa se confirmar, Campinas terá a pior epidemia de dengue da história, já que os piores dados relacionados ao vírus foram registrados em 2015, quando 14 moradores morreram e 66.577 ficaram doentes

Diante dessa explosão de casos de dengue em Campinas, moradores ficam cada vez mais preocupados com construções e obras abandonadas espalhadas pela metrópole. Esses locais podem virar criadouros do mosquito transmissor da doença, o Aedes aegypti. Os espaços contemplam desde imóveis abandonados na Vila Industrial até obras paradas na Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).

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Preocupação com criadouros da dengue

Entre as centenas de possíveis criadouros espalhados por Campinas, há o prédio do antigo curtume Cantúsio, na Vila Industrial. O local tombado pelo Condepacc (Conselho de Defesa do Patrimônio Artístico e Cultural) se trata de uma propriedade particular que está abandonada há anos, e conta com um ambiente favorável para a proliferação do Aedes aegypti.

Por conta das aberturas no teto, sem forro e telha, a água da chuva que entra no local acaba acumulada no depósito de lixo e outros materiais espalhados pelo prédio. O imóvel não possui nenhum tipo de restrição, então, por qualquer um conseguir entrar, algumas pessoas usam o espaço para a prática de paintball.

Os latões e pneus espalhados na “arena” de paintball também são propícios para o acúmulo de água parada. Tudo isso, somado com a sombra no local e o calor dessa época do ano, favorece a proliferação do mosquito da dengue. A reportagem da EPTV Campinas, inclusive, verificou a presença de larvas na água parada de alguns pneus.

Com informações de agências

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Luciana Félix
Luciana Félixhttps://www.acidadeon.com/campinas/
Supervisora de conteúdo digital do acidade on e do Tudo EP. Entrou no Grupo EP em 2017 como repórter do acidade on Campinas, onde também foi editora da praça. Antes atuou como repórter e editora do jornal Correio Popular e do site do Grupo RAC. Também atuou como repórter da Revista Veja, em São Paulo.
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