O homem preso por matar o professor Cauê Pozenatto Lima, que teve o corpo carbonizado encontrado em uma área rural de Americana, confessou o crime, não demonstrou arrependimento e alegou ter cometido o assassinato por ter consumido drogas. Ele e a companheira foram detidos nesta sexta-feira (4) na casa onde vivem no bairro Nova Veneza, em Sumaré (leia os detalhes abaixo).
As informações do depoimento foram confirmadas pela Polícia Civil, que também detalhou que o suspeito foi flagrado com documentos, cartão de banco e a chave do carro da vítima no momento em que recebeu voz de prisão. O veículo do docente foi encontrado e periciado na manhã desta sexta. O automóvel tinha manchas de sangue e outros pertences considerados sem valor.
A polícia localizou o carro na Avenida Elza Zagui Menuzzo após analisar imagens de câmeras de segurança. As gravações também ajudaram na identificação do casal, que foi encontrado em um imóvel na mesma via. Os dois já haviam sido gravados dentro do veículo e testemunhas também alegaram ter visto o automóvel deixando a área perto do buraco onde o corpo foi achado.
Motivação do crime
Após serem ouvidos pelos policiais, os dois foram levados às cadeias de Sumaré e Monte Mor e passaram por audiência de custódia neste sábado (5), quando as prisões foram mantidas, conforme o TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo).
Enquanto isso, a polícia já sabe que Cauê foi morto e teve o corpo levado a Americana, onde foi carbonizado. Além disso, tenta apontar o que teria motivado a ação. As hipóteses de latrocínio e crime passional são consideradas.
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Onde o corpo estava?
O corpo foi encontrado por operários de uma obra às margens da Estrada Municipal Alvin Biazi. De acordo com as investigações, o buraco onde o cadáver estava foi cavado justamente durante os trabalhos realizados na via. O local fica próximo a uma represa, no bairro Praia Azul, na área rural de Americana.
Quem era a vítima?
Cauê Pozenatto trabalhava desde abril de 2013 na Escola Municipal Ramona Canhete Filho, no Jardim São Gerônimo, na região do Matão, em Sumaré. O velório e o enterro aconteceram nesta sexta no Cemitério da Saudade de Sumaré. Em nota, a Prefeitura de Sumaré disse lamentar “profundamente a morte cruel do professor”. Já o Coletivo dos Trabalhadores em Educação da cidade divulgou um comunicado no qual alega esperar que as autoridades esclareçam o crime que chocou o município. “Sentiremos muita falta da sua alegria”, diz o texto.
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