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CotidianoCasos de dengue em Campinas chegam a 12 mil e ultrapassam total do ano passado

Casos de dengue em Campinas chegam a 12 mil e ultrapassam total do ano passado

Cidade já acumula 12.487 registros neste ano, acendendo o alerta para construções e obras abandonadas que podem virar criadouros do mosquito

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Os casos de dengue em Campinas ultrapassaram, nesta segunda-feira (4), a quantidade total registrada durante o ano de 2023. Segundo o painel de monitoramento de arboviroses, da secretaria de Saúde, no início de março a cidade já acumula 12.487 registros de moradores com a doença, superando os 11.504 casos registrados nos 12 meses do ano passado.

Uma projeção da secretaria de Saúde ainda indica que a dengue em Campinas deve ter pico em abril e chegar aos 100 mil infectados.

Diante dessa explosão de casos de dengue em Campinas, moradores ficam cada vez mais preocupados com construções e obras abandonadas espalhadas pela metrópole. Esses locais podem virar criadouros do mosquito transmissor da doença, o Aedes aegypti. Os espaços contemplam desde imóveis abandonados na Vila Industrial até obras paradas na Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).

Preocupação com criadouros da dengue

Entre as centenas de possíveis criadouros espalhados por Campinas, há o prédio do antigo curtume Cantúsio, na Vila Industrial. O local tombado pelo Condepacc (Conselho de Defesa do Patrimônio Artístico e Cultural) se trata de uma propriedade particular que está abandonada há anos, e conta com um ambiente favorável para a proliferação do Aedes aegypti.

Por conta das aberturas no teto, sem forro e telha, a água da chuva que entra no local acaba acumulada no depósito de lixo e outros materiais espalhados pelo prédio. O imóvel não possui nenhum tipo de restrição, então, por qualquer um conseguir entrar, algumas pessoas usam o espaço para a prática de paintball.

Os latões e pneus espalhados na “arena” de paintball também são propícios para o acúmulo de água parada. Tudo isso, somado com a sombra no local e o calor dessa época do ano, favorece a proliferação do mosquito da dengue. A reportagem da EPTV Campinas, inclusive, verificou a presença de larvas na água parada de alguns pneus.

“É uma vergonha né, deixar uns negócios desse abandonado, ainda mais desse jeito ainda, cheio de criadouro para a dengue é perigoso”, desabafa o comprador José Ricardo Neto.

Obras paradas

Além dos imóveis abandonados, obras paradas também acendem outro alerta para a população. Na Rua Barreto Leme, na região central, os moradores se preocupam com o acúmulo de água em uma construção, que pode afetar até mesmo os pacientes que estão internados no Hospital Vera Cruz, localizado ao lado, na mesma via.

“A dengue tá crescendo muito por conta desses descuidos que as pessoas têm aqui na região. Infelizmente, a gente precisa passar as informações para as autoridades locais tomar as previdências”, conta o pintor Reginaldo Gonçalves.

Canteiro de obras com "piscinão" de água parada na Norte-Sul.
Canteiro de obras com “piscinão” de água parada na Norte-Sul. (Foto: Reprodução/EPTV Campinas)


Já na Norte-Sul, em meio a prédios comerciais e restaurantes, há um canteiro de obras, que possui madeira e outros objetos de construção, além de uma “piscina” de água parada. Os moradores que trabalham na região e passam pelo local não escaparam da doença.

“Fiquei trabalhando por uns quatro dias sem saber que estava com dengue, quando fiz o exame aí constou que eu fui infectado”, relata o manobrista José Ferreira. “Eu sinto medo, porque se eu já peguei e pegar agora de novo eu corro risco”.

Nem mesmo a Unicamp ficou de fora da rota de possíveis criadouros da dengue em Campinas. Estudantes se preocupam com obras atrasadas, como a do teatro do IA (Instituo de Artes), que tinha previsão para ser concluída em fevereiro do ano passado, e hoje acumula materiais pelo terreno e locais com água parada.

“O campus tá um pouco abandonado depois que a gente voltou das férias e isso me preocupa muito, principalmente com os casos de prédios abandonados na faculdade. A próprio universidade precisa alertar os alunos e o prefeito pra alertar a população”, afirma a estudante Ana Carolina da Silva.

O que dizem os responsáveis pelos locais?

Em meio à cobrança de ações do poder público, a Prefeitura de Campinas comunicou que, ao receber denúncias de locais com possíveis criadouros do mosquito da dengue, todos os setores são acionados para tomar as medidas necessárias. No caso de áreas particulares, os proprietários de terrenos ou imóveis são notificados para que providenciem a limpeza das áreas.

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A Administração ainda garante que os locais mencionados acima serão vistoriados, para que as medidas necessárias sejam encaminhadas aos responsáveis dos imóveis e obras em andamento, como é o caso da Unicamp.

A universidade informou que conta com equipes próprias para remoção dos criadouros do mosquito Aedes aegypti. Segundo a instituição, há um trabalho intenso no combate à dengue, com mais de 28 armadilhas espalhadas pelo campus e medidas educativas para monitorar criadouros.

Também foi informado que a Prefeitura vai realizar ainda hoje (4) uma vistoria em conjunto com a Diretoria Executiva de Planejamento Integrado da Unicamp nas sete obras em andamento espalhadas pelo campus, para identificar criadouros e colocar larvicidas nos locais.


*Com informações da EPTV Campinas

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Vitória Silva
Vitória Silva
Repórter no ACidade ON Campinas. Formada em Jornalismo pela Unesp, tem passagem pelos portais Tudo EP e DCI, experiência em gravação e edição de vídeos, produção sonora e redação de textos, com maior afinidade com temas que envolvem cultura e comportamento.
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