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CotidianoCom queda em repasse federal, Saúde de Campinas tem 73% de investimento municipal diz prefeito

Com queda em repasse federal, Saúde de Campinas tem 73% de investimento municipal diz prefeito

De acordo com o prefeito Dário Saadi, financiamento do SUS pelo governo federal caiu de 70% para 25% em 20 anos

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O prefeito Dário Saadi (Republicanos) afirmou durante evento da FNP (Frente Nacional de Prefeitos) que mais de 73% do investimento na saúde vem de recursos próprios do município de Campinas. Enquanto isso, o governo federal investe 24% e o estadual, 1%. Segundo o chefe do executivo, essa conta se inverteu ao longo dos últimos 20 anos e as cidades têm tido cada vez mais responsabilidade com os gastos na área.

Entre os fatores que têm influenciado no aumento do custo do SUS estão o envelhecimento da população, as doenças crônicas e complexas, o aumento no valor dos produtos da área médica, a migração de pacientes do setor privado para o público e emergências, como pandemias e epidemias.


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“Temos várias estratégias para melhorar a gestão e ampliar os recursos que são repassados para os municípios. A primeira delas é a atualização da tabela SUS, que, segundo estudos, há uma defasagem de até 17.000% no preço real do atendimento em comparação com o valor repassado pelo SUS”, afirmou o prefeito.

Reajuste

Além disso, dados do Conselho Federal de Medicina apontam que, pelo menos, 84% dos procedimentos não são reajustados há mais de 10 anos. Para uma consulta especializada, por exemplo, o valor pago na tabela é R$ 10.

Outro ponto destacado durante o evento é a implantação da PGASS (Programação Geral das Ações e Serviços de Saúde), que deve repactuar as responsabilidades, principalmente do financiamento das ações do SUS. O prefeito também pontuou a necessidade de revisão dos critérios de habilitação de hospitais e serviços, tornando o processo menos burocrático.

“O Hospital da PUC, por exemplo, é habilitado para fazer cirurgia cardíaca neonatal e não consegue ser habilitado para atendimento de gestantes de alto risco. É um contrassenso difícil de entender. Essas três ações podem ajudar muito no financiamento da saúde”, acrescentou Saadi.


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