Se a população fosse mais consciente a respeito das regras de trânsito e as cumprisse, evitando acidentes, o HC (Hospital de Clínicas) da Unicamp poderia ampliar o atendimento médico em até 20%.
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Isso porque os acidentes refletem nos hospitais que atendem o SUS, e, na região, o HC atende em média, por dia, cinco pacientes advindos dessas batidas. Ainda por serem casos urgentes, eles acabam desmarcando outros eletivos (agendados).
“Se houvesse uma conscientização geral em relação ao que é previnível, que são os acidentes de trânsito, a gente conseguiria tranquilamente aumentar em até 20% a nossa capacidade de atendimento de maneira geral. Isso da população com câncer, com problemas cardiológicos, desde adultos a crianças”, afirma a superintendendo do hospital, Elaine Ataíde.
Os pacientes advindos das batidas de trânsito chegam ao HC por viaturas de resgate, como as do Samu (Serviço Móvel de Urgência), do Corpo de Bombeiros ou das ambulâncias das concessionárias de rodovias.
Chegam inclusive pelo helicóptero Águia, da Polícia Militar, e dependem na maioria das vezes de leitos de internação na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo).
“Normalmente chega bem grave, com ventilação mecânica, muitos precisam de cirurgia imediata. Chegam bem instáveis“, informa a enfermeira Adriane Ferreira, do HC.
E, para cada paciente vindo de um acidente de trânsito, são mobilizados pelo menos de quatro profissionais de saúde, que poderiam estar envolvidos com outros casos.
Campinas registra 12 acidentes de trânsito por dia em média, de acordo com o Infosiga-SP (Sistema de Informações de Acidentes de Trânsito em São Paulo).
Só nos primeiros quatro meses deste ano, foram 1.475 ocorrências, um aumento de 3,5% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram 1.425.
Já nos últimos 12 meses, a cidade registrou 165 mortes, figurando como o segundo município com a maior taxa de mortalidade entre as cidades paulistas com mais de 300 mil habitantes. Apresentando 14,47 ocorrências para cada 100 mil habitantes, só está atrás de Sorocaba, com 15.
De janeiro a abril desde ano, já são 53 mortes, maior quantidade registrada no período desde 2015. Só no mês de abril, especificamente, foram 20 óbitos, uma alta de 150% na comparação com o mesmo mês de 2023.
Com informações de Gustavo Biano/ EPTV Campinas
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